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Divisão de base decide o Mundial para o Barcelona
Pedro, que anotou nas seis conquistas do ano para o time, e Messi resolvem
Dos 14 atletas do campeão mundial usados ontem, 8 foram formados pelo clube, que ainda não teve Iniesta, um prata da casa titular
Bernat Armangue/Associated Press
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Depois de derrotar o Estudiantes, jogadores do Barcelona fazem festa para seu treinador, Guardiola, no estádio Zayed Sports City, nos Emirados Árabes Unidos
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi a divisão de base do Barcelona que deu o tão esperado
título mundial para o clube catalão. Pedro, 22, e Messi, 22,
dois que passaram pelas "categorias inferiores" do time, anotaram os gols da virada ontem.
Dos 14 jogadores utilizados
na decisão contra o Estudiantes, oito viraram profissionais
pela equipe, que tem no comando de sua comissão técnica
também um jogador (e treinador) formado em casa: Josep
Guardiola. Ontem, ele ainda
não contou com o meia-atacante Iniesta, outra prata da casa,
pois ele sofreu lesão muscular.
Quando o Barcelona empatou o jogo, numa cabeçada de
Pedro aos 44min do segundo
tempo, estava em campo, por
exemplo, o atacante Jeffrén, de
apenas 21 anos. Ele entrou no
lugar de Henry, uma das poucas estrelas "importadas". Jeffrén está desde 2004 no clube.
Messi, autor do gol da virada
na prorrogação, é argentino,
mas está desde garoto no Barcelona. Chegou em 2000. Sete
anos depois, viria para o clube
Pedro, que fica na história como o primeiro jogador a marcar num ano em seis torneios
oficiais diferentes pela equipe
(Mundial, Copa dos Campeões,
Espanhol, Copa do Rei, Supercopa da Europa e Supercopa da
Espanha), sempre campeã.
No primeiro tempo ontem, o
Estudiantes conseguiu neutralizar as principais jogadas do
Barcelona. Adiantou seu sistema defensivo e afastou o time
espanhol e suas estrelas, inclusive Messi, de sua área. Equilibrou um jogo no qual não era
favorito e saiu na frente com
uma cabeçada de Boselli aos
37min -o atacante solitário do
time estava impedido no lance.
O Barcelona, que reclamou
apenas de um pênalti do goleiro
Albil em Xavi, manteve bem
mais a posse de bola (64% no
total da partida), mas só cresceu mesmo na partida na segunda etapa, quando o clube argentino recuou em demasia para tentar segurar o 1 a 0.
Pedro teve, em cruzamento
de Henry, ótima chance de empatar, mas a bola passou perto
de seu pé na pequena área com
o gol escancarado. Aos 44min,
recebeu toque de cabeça de Piqué e, na frente de Albil, o encobriu de cabeça, com calma.
O domínio do Barcelona era
muito evidente. E continuou na
prorrogação. Foram 16 finalizações do campeão europeu
contra apenas três do ganhador
da Libertadores, que parecia
derrotado em campo com o gol
quase no fim do tempo normal.
Verón é quem estava perto de
Messi quando o brasileiro Daniel Alves cruzou a bola na medida para o virtual melhor do
mundo tocar de peito para o gol
-o meia, exausto, não conseguiu acompanhar o amigo na
jogada que definiu o Mundial.
"Estivemos perto", lamentou
o técnico do Estudiantes, Alejandro Sabella. "O primeiro
tempo foi bom. No segundo, era
óbvio que iam nos meter dentro do gol. Não completamos o
sonho. Se a torcida está se sentindo orgulhosa é porque o time deu tudo", afirmou Verón.
(RODRIGO BUENO)
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