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No Caribe, estádios construídos por Asiáticos viram elefantes brancos
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles não custaram nada para
o contribuinte local -o custo,
na maioria dos casos, foi só o
alinhamento diplomático com
a China. Mas são hoje monumentos
ao desperdício em países
com problemas sociais.
Os estádios construídos no
Caribe com dinheiro chinês para
a Copa do Mundo de críquete,
modalidade bastante tradicional
da região, em 2007,
transformaram-se, quase na
totalidade dos casos, em grandes elefantes brancos.
Com capacidade para 10 mil
pessoas, ou quase 15% da população
do país, o estádio de Dominica
tem uma média de apenas
20 eventos por ano. E, sem
receber a manutenção ideal,
começa a ficar degradado.
Abandonado menos de dois
anos depois da Copa do Mundo
de críquete, o estádio de Antígua
e Barbuda foi interditado
por um ano para o esporte no
começo de 2009 por causa de
seus problemas. A arena, que
foi projetada para comportar
20 mil pessoas, teve sua capacidade
reduzida pela metade. O
país tem só 82 mil habitantes.
Até em países mais populosos
do Caribe os estádios chineses
se transformaram em áreas
praticamente sem utilização.
É o caso da arena construída
na Jamaica, que serviu como
palco da cerimônia de abertura
do Mundial de críquete.
Com um custo de US$ 30 milhões,
o estádio foi palco de alguns
poucos jogos de futebol. O
sonho de trazer um time do esporte
profissional norte-americano
para fazer uma pré-temporada
lá não se materializou.
Também não decolou a ideia de
usá-lo para as modalidades populares
lá, como o atletismo.
A nova investida chinesa nos
estádios da região parece ser
mais promissora. A arena que
está sendo erguida na Costa Rica
irá abrigar os jogos da seleção
de futebol do país, uma das
forças da Concacaf. (PC)
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