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Taiwan e commodities são os alvos
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma boa dose de rasteiras
diplomáticas. Um pouco
de ações beneficentes,
mas, principalmente, interesse pelo
que não tem. Eis
os motivos da "diplomacia
de estádios" que a China
levou para os continentes
americano e africano.
Uma disputa diplomática
foi o que levou o dinheiro
chinês para o Caribe e a
América Central. A região
concentrava boa parte dos
países que reconheciam
Taiwan, que a China comunista
classifica como
sua Província rebelde.
O governo de Taiwan,
aliás, foi quem primeiro
bancou estádios nas pequenas
ilhas caribenhas.
Para contra-atacar, a China
financiou quase em série
muitos dos estádios
que abrigaram a Copa do
Mundo de críquete.
Em troca do "presente",
os chineses ganharam o
afastamento desses países
da Província rebelde.
A política continua mesmo
depois do fim do críquete.
Com US$ 83 milhões
chineses, a Costa Rica
constrói o mais moderno
estádio da América
Central. O "presente"
aconteceu depois de o país
abandonar as relações que
mantinha com Taiwan.
Mas é mesmo na África
que a política dos chineses
de construir estádios tem
o seu maior front. E, sedentos
por energia, por
matérias-primas para sua
indústria, por alimentos e
por novos mercados para
seus produtos, os chineses
tocam dezenas de obras.
A China ergue estádios
em lugares onde vai buscar
produtos básicos até
minerais relativamente
raros e bastante caros.
Do abandonado Zimbábue,
A China, a pátria mundial
dos fumantes, deseja o
tabaco. Do Quênia vem o
chá preto, bebida preferidas
do país com a maior
população do mundo.
Os chineses vão ainda
aos rincões mais pobres da
África, onde estão, porém,
produtos minerais essenciais.
O gigante asiático,
por exemplo, banca arena
no Niger, que conta com
reservas de urânio. (PC)
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