São Paulo, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

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FUTEBOL

O futuro à Inglaterra pertence


Com times endinheirados e competitivos, uns jogando bonito, não é loucura o plano de viagem da Premier League


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O IMPERIALISMO vence. Lamento Fidel, mas uma rica liga nacional engole o planeta. A Inglaterra acelera a cada temporada um processo que, neste ano ou nos próximos, resultará em final inglesa da Copa dos Campeões. Os números não param de aumentar, e há quem tema um monopólio da bola.
Diz a mais fresca lista de clubes mais ricos do mundo: dos oito mais endinheirados, quatro são ingleses. Tottenham, Newcastle e Celtic (Reino Unido) estão no top 20, que tinha até o último ano Manchester City, Glasgow Rangers (UK) e West Ham. Em breve, time da segunda divisão da Inglaterra poderá estar na lista.
Vem onda de novos estádios ingleses (sem ligação direta com Copa nem com carência de bons campos), chove no país dinheiro de todas as partes do mundo (suspeito ou não), o mercado se escancara para atletas estrangeiros, brasileiros... O humilde Middlesbrough pagou quase R$ 50 milhões por Afonso, uma das contratações que fizeram de janeiro o mais caro inverno da Inglaterra.
Um estudo publicado ontem (sem grande novidade) mostra que a Premier League movimentou 1,155 bilhão na temporada 2005/2006, mais ou menos a soma das ligas da Espanha e da Itália. Só no recente mercado de inverno, gelado em quase toda a Europa, foram mais de R$ 500 milhões em contratações no Inglês. Philippe Piola, um dos autores do estudo, diz não ser mais possível falar em grandes ligas européias, pois a Premier League virou um ""megacampeonato".
Chelsea (sem estar 100%, pode ganhar quatro troféus), Liverpool (quem dá mais?) e Manchester United (gol da MSI) devem passar às quartas da Copa dos Campeões.
O Arsenal, não sei (que pecado, Adebayor). Mas já levou rótulo de ""time que joga mais bonito" de Kaká, o melhor do mundo. Algo significativo, pois ainda há quem ache o futebol inglês a coisa mais feia do universo. A Premier League está hoje grande demais para uma ilha, talvez por isso o plano de fazer partidas mundo afora. Lembrando a Beatlemania, a Fifa e a Uefa dizem stop, mas a Inglaterra diz go, go, go.

A DIGÃO PERTENCE
Kaká me falou do irmão, que foi bem no Rimini, mas não estreou bem no Milan. ""Nessa janela de janeiro, outros clubes da Itália e um da Alemanha tiveram interesse nele. O Milan pediu que ele não saísse por enquanto, para ficar mais seis meses", falou Kaká, que hoje em dia só joga PlayStation quando Digão fica concentrado com ele. Mas logo vem um filho aí para brincar...

A DIEGO PERTENCE
O goleiro-sensação da Espanha ficou algum tempo na reserva de Cobeño. Como? No contrato do ex-arqueiro do Sevilla, teria cláusula que livra o Almería de pagar pelo empréstimo se ele atuar em 15 jogos.

rbueno@folhasp.com.br


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