São Paulo, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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JUCA KFOURI

Isto é Corinthians


Quando menos se esperava, em sua 11ª partida em 2011, o Timão jogou futebol. Azar do Santos


CONVENHAMOS: na semana em que Ronaldo Fenômeno foi embora; em que o Corinthians perdeu Jucilei para proteger a zaga; em que o capitão Chicão se machucou e deixou a dupla de zaga a cargo de Wallace e Leandro Castán; e em que Neymar foi para o clássico dos únicos invictos no Paulistinha, o mínimo que se poderia esperar era uma vitória tranquila do Santos. Quiçá uma goleada.
Ainda mais que, do lado santista, Adilson Batista conhecia perfeitamente as limitações do rival, além de naturalmente estar com ele engasgado.
Mas o que se viu foi muito diferente.
Como se fosse um time aliviado, menos obrigado a vencer porque outra vez comum, o Corinthians mostrou uma abnegação que vinha lhe faltando e recebeu em troca o apoio caloroso da Fiel desde o começo do mais antigo clássico paulista. Sim, era o primeiro jogo do ano em que o time não tinha a obrigação de ganhar.
Quem diria que Fábio Santos faria, para consolidar a superioridade corintiana, na metade do primeiro tempo, o gol de falta que se esperava, quase sempre em vão, de Roberto Carlos?
Terá sido o número 9 na camisa de todos que os inspirou a exibir-se de maneira tão surpreendente? Ralf até chapelar Neymar andou chapelando.
O Santos só empatou pouco antes do intervalo porque Elano é Elano e basta.
Mas ainda tinha o segundo tempo e faltava o gol de Liedson.
Tite tinha saído de seus cuidados, posto três atacantes como gosta o espírito corintiano e trocado o cadenciamento de Danilo pela rapidez de Morais. Dava certo, muito certo, além de o time marcar implacavelmente.
Só que caiu um toró assustador no Pacaembu, como se São Pedro quisesse atrapalhar os planos de São Jorge, e resultou que o Peixe se deu melhor na água e voltou melhor, com Elano exigindo milagre de Júlio César sob tempestade.
Adilson Batista também resolveu jogar com três atacantes, embora Neymar inexistisse, e tirou Rodrigo Possebon, com cartão amarelo, para a entrada de Adriano. Foi mal. O jovem errou uma, duas vezes e acabou por derrubar Dentinho, que entrou pedalando na área praiana. Fábio Santos converteu o pênalti com perfeição. No geral, era justo.
E se Liedson não jogava o que dele se esperava, até porque toda hora parado com faltas, eis que o gol dele que faltava não faltou mais no fim do jogo, ao fazer por cobertura o gol final, do 3 a 1.
Como homenagem ao eterno R9.

blogdojuca@uol.com.br


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