da Reportagem Local

O presidente da Federação Maranhense de Futebol, Carlos Alberto Ferreira, afirmou ontem que vai cancelar os registros dos "gatos" que ainda estiverem em atividade no futebol do Estado.
"Temos que acabar com essa prática aqui. Quem tiver com registros adulterados vai perdê-los", disse o dirigente.
Na prática, isso significa que os jogadores estarão impedidos de defender seus clubes em qualquer campeonato organizado pela entidade maranhense ou pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Dos 11 jogadores que adulteraram seus documentos, casos revelados pela Folha no fim-de-semana, apenas dois serão atingidos: o atacante Chita, do Sampaio Corrêa, e o lateral-direito Josenílson, do Vianna.
"Não tenho como punir os outros. Como vou impedir que o Oliveira atue na Itália ou que o Clayton jogue pela Tunísia (o jogador está hoje no Bastia, da França). Por enquanto, é o que posso fazer. Mas garanto que qualquer novo "gato" que aparecer terá essa punição", disse o presidente da entidade.
Ferreira admitiu que a FMF não tem conseguido cumprir seu papel fiscalizador no futebol do Estado. "É realmente difícil saber quem está fornecendo as informações corretas ou não. Como temos apenas dois dias de prazo para registrar os atletas, fica quase impossível fiscalizar. Precisaríamos de pelo menos duas semanas para checar os dados dos nossos atletas em cartórios."
O presidente disse que não permitiria uma intervenção da CBF. "Não existe isso. Foi um funcionário da entidade que participou do escândalo, não eu. A FMF estaria totalmente envolvida se fosse eu o culpado. Mas tudo isso aconteceu sem que eu soubesse."
Ontem, o presidente disse que os documentos da entidade estava à disposição da entidade. Mas, durante os três meses de investigação da Folha, a FMF se negou a fornecer qualquer informação sobre os jogadores lá inscritos.
Para Ferreira, a divulgação da fraude tem um fator positivo. "Não é bom para o futebol maranhense, porque isso acaba jogando nosso nome na lama. Mas, por outro lado, pode servir para que os próximos que pretenderem adulterar seus documentos pensem duas vezes." (FM)


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