São Paulo, terça-feira, 21 de março de 2000


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GOLFE
Campeonatos e novos campos dão neste mês impulso à popularização do esporte no país
Brasil atrai e amplia elite dos tacos

FERNANDO ITOKAZU
da Reportagem Local

Principal projeto dos dirigentes do golfe brasileiro, a popularização da modalidade no país ganha impulso neste mês em duas pontas: na organização e na formação de novos praticantes.
Pela primeira vez, o Brasil vai abrigar torneios do Tour Europeu do PGA (Professional Golf Association).
Serão dois campeonatos, um no Rio e outro em São Paulo, com premiações de US$ 650 mil e US$ 750 mil, respectivamente. Serão os maiores prêmios pagos em torneios na América do Sul, segundo os organizadores.
O Campeonato Aberto do Brasil, que acontece anualmente, distribuiu US$ 120 mil entre os participantes, valor que deve ser pago somente ao campeão do torneio em São Paulo.
O torneio do Rio de Janeiro começa amanhã e vai reunir 142 jogadores, sendo 15 brasileiros, no Itanhangá Golf Club.
Serão três dias de disputa. Após os dois iniciais, apenas os 70 melhores continuam na competição.
Em São Paulo, o campeonato acontece de 30 de março a 2 de abril, no São Paulo Golf Club.
""Aproveitamos as comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil para trazer esses dois torneios históricos", disse o presidente da Confederação Brasileira de Golfe, Luiz Arthur Caselli Guimarães Filho.
Na outra ponta, a formação de novos jogadores, a FPG (Federação Paulista de Golfe) iniciou neste mês a construção de um campo público, próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
De acordo com o presidente da federação, Álvaro Almeida, a primeira parte do campo, que contará com uma escolinha, deve ficar pronta no final de maio.
""A federação vai providenciar todo o material para aqueles que quiserem aprender o esporte. Eles só precisarão pagar o professor", afirmou o dirigente.
Atualmente para praticar golfe, o interessado precisa fazer parte de um clube ou ser indicado por algum sócio.
Quando ficar totalmente pronto (a previsão é novembro), o campo vai contar com nove buracos e sistema de iluminação para disputa de partidas noturnas.
De acordo com as estimativas do dirigente paulista, quem quiser utilizar o campo vai pagar cerca de R$ 15 para arcar com as despesas de manutenção.
""Nossa intenção é vender o título do local para algum patrocinador, assim como o Credicard Hall, por exemplo", afirmou Almeida, que disse ter investido cerca de R$ 1,5 milhão no projeto.
""Queremos construir novos campos na cidade e transformá-los naquilo que a várzea foi para o futebol", afirmou Almeida.
A estratégia da FPG para popularizar o esporte é elogiada pelo golfista profissional Priscillo Diniz, o primeiro brasileiro a disputar o Tour Europeu Senior (leia texto nesta página), que pretende imitar a idéia.
""Junto com um grupo de empresários já estive estudando uma área para a construção de um campo similar, mas o preço tornava o projeto inviável. Estamos estudando outros terrenos", afirmou Diniz.
Outro fator que anima os dirigentes do esporte é a construção de campos de golfe em dois novos resorts no Nordeste.
""Além de atrair mais estrangeiros ao país, esses complexos turísticos serão mais uma oportunidade de os brasileiros conhecerem o golfe", disse Guimarães Filho, presidente da Confederação.


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