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São Paulo tenta a ponta onde sofre para triunfar
Desgastado pela viagem, time luta para evitar terceiro ano de perdas no México
Necaxa, de Aguascalientes, tem três brasileiros 100% de aproveitamento na Taça Libertadores, mas está em último no campeonato local
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em segundo lugar no Grupo
2 da Libertadores, o São Paulo
retorna hoje ao país onde se
acostumou a deixar pontos no
torneio continental. Contra o
Necaxa, em Aguascalientes (região central do México), a equipe tenta assumir a ponta e
avançar no certame.
A equipe são-paulina, porém,
já se acostumou a dedicar mais
respeito às partidas no país.
Primeiro, pelo desgaste das
viagens, acusado ontem por
Souza. "Não descansamos bem,
mas vamos tentar compensar
isso antes do jogo."
Segundo, pelas fortes equipes mexicanas, bem acima da
média da maior parte da América do Sul. Em 2005, o terceiro
título tricolor só não foi invicto
por uma derrota para o Tigres,
em Monterrey, por 2 a 1.
No ano passado, a campanha
do vice-campeonato já havia sido carimbada duas vezes pelo
Chivas. O time de Guadalajara
venceu em casa e ainda quebrou a invencibilidade do Morumbi em 30 jogos pela Libertadores, que vinha de 1987. Na
semifinal, o São Paulo deu o
troco, vencendo lá e cá.
"A gente sabe que os times
daqui são tão difíceis quantos
os argentinos", afirmou Aloísio,
há dez jogos sem marcar pelo
São Paulo. "Mas estou confiante de que podemos vencer e decidir a vaga no Morumbi. Vou
fazer de tudo para marcar."
O Necaxa, que disputou o
Mundial da Fifa vencido pelo
Corinthians em 2000, anda
mal no Mexicano. Está em último lugar no seu grupo e não deve se classificar -cada grupo
tem seis times. No entanto vai
bem nesta Libertadores, com
duas vitórias em dois jogos. O
elenco tem três brasileiros: o
atacante Kléber, ex-Atlético-PR, e os meias Fabiano, ex-Santos e São Paulo, e Everaldo.
"Não acho que o Necaxa está
escondendo seu talento", disse
Souza. "Se vai bem na Libertadores, é porque entende que é o
torneio mais forte. Sabemos
que vai ser difícil vencê-los."
A vitória hoje, além de dar ao
São Paulo a liderança do grupo,
aumenta as chances de a equipe
de Muricy Ramalho se confirmar nos mata-matas antecipadamente. Ainda fazem parte da
chave o Audax Italiano (Chile)
e o Alianza Lima (Peru).
E a noite pode ser de recordes, caso o goleiro Rogério retome sua vocação artilheira. Se
marcar um gol, o capitão são-paulino será o jogador do clube
com o maior número de gols na
história do torneio, com 11.
Ultrapassará três jogadores
que também têm dez gols: Palhinha, Müller e Pedro Rocha.
NA TV - Necaxa x São Paulo
Globo e Sportv 2 (para SP), às 22h
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