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Painel FC
RODRIGO MATTOS - painelfc.folha@uol.com.br
Crianças boleiras
A OIT (Organização Internacional do Trabalho)
mobiliza-se contra artigo do projeto de alteração da
Lei Pelé, apoiado pelo Ministério do Esporte. Alega
ser inconstitucional o ensinamento técnico a atletas
de 12 anos. O mecanismo visa indenizar o clube pela
saída do jogador antes de ter vínculo desportivo. Mas,
segundo a OIT, isso caracteriza contrato de aprendizagem, o que só é permitido com 14 anos após o Brasil
assinar convenção internacional. A entidade diz ter
apoio de três ministérios para barrar a medida.
Defesa. Relator do projeto,
o deputado José Rocha (PR-BA) disse que o texto é legal.
"Não há vínculo de trabalho.
Só abre a possibilidade de ter
bolsa por alimentação", disse
ele, que afirma ter consultado
a OIT antes da redação final.
Inflada. O crescimento da
Copa-2014 no Brasil, que aumentou de 8 ou 10 para 12 cidades, foi aplicado para os
próximos Mundiais. No processo de seleção para 2018 e
2022, documento da Fifa exigiu dos países candidatos que
apresentem "aproximadamente" 12 estádios.
Patamar. O comitê da Copa-2014, que desconhecia a
mudança, convenceu a Fifa a
inchar seu evento pela dimensão continental do Brasil. Entre as 12 candidaturas aos futuros mundiais, só Rússia e
EUA têm a mesma realidade.
Para a galera. Apesar de
ontem tê-lo elogiado, ao pedir
a mudança de local do jogo
com o São Caetano, a diretoria do São Paulo não confia no
presidente interino da FPF,
Reinaldo Carneiro Bastos.
Pombinhos. Na avaliação
dos são-paulinos, Bastos já se
reconciliou com Marco Polo
del Nero, suspenso. Alegam
que os dois têm feito aparições públicas juntos.
Com lupa. Ao reduzir a 6%
cota de ingressos do Santos, o
Corinthians buscou apoio no
próprio Regulamento Geral
de Competições da CBF, que
o adversário o acusa de desrespeitar. Pelo artigo 79, o
mandante tem que dar no máximo 10% dos bilhetes. Ou seja, não há mais cota mínima.
Novo texto. É que houve
alteração no regulamento da
CBF para 2009, percebida por
advogados corintianos. Antes,
até 2008, o texto dizia que o
visitante tinha direito a adquirir até 10% dos ingressos.
De mal. A interlocutores, o
presidente do Santos, Marcelo Teixeira, disse que o corintiano Andres Sanchez lhe prometeu pedir desculpas públicas pela redução dos ingressos. Como isso não ocorreu,
irritou-se. Andres negou.
Caldeirão. Na cúpula santista, há consenso de que a diretoria corintiana cria factoide sobre jogar o clássico no interior para fugir da Vila Belmiro no Brasileiro.
Pi, pi, pi. Neymar Santos,
pai de Neymar, recebe vários
telefonemas de pessoas falando em inglês em seu celular.
Como não entende a língua,
desliga na hora.
Colaboraram RICARDO VIEL e RODRIGO BUENO , da Reportagem Local
Dividida
"Crianças já foram submetidas a tráfico por
conta do futebol. Nesta legislação, ficam sem
proteção. Temos que preservar seus direitos"
De RENATO MENDES , coordenador de combate ao trabalho infantil da
OIT, sobre o projeto de alteração da Lei Pelé
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