São Paulo, sábado, 21 de março de 2009

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Painel FC

RODRIGO MATTOS - painelfc.folha@uol.com.br

Crianças boleiras

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) mobiliza-se contra artigo do projeto de alteração da Lei Pelé, apoiado pelo Ministério do Esporte. Alega ser inconstitucional o ensinamento técnico a atletas de 12 anos. O mecanismo visa indenizar o clube pela saída do jogador antes de ter vínculo desportivo. Mas, segundo a OIT, isso caracteriza contrato de aprendizagem, o que só é permitido com 14 anos após o Brasil assinar convenção internacional. A entidade diz ter apoio de três ministérios para barrar a medida.

Defesa. Relator do projeto, o deputado José Rocha (PR-BA) disse que o texto é legal. "Não há vínculo de trabalho. Só abre a possibilidade de ter bolsa por alimentação", disse ele, que afirma ter consultado a OIT antes da redação final.

Inflada. O crescimento da Copa-2014 no Brasil, que aumentou de 8 ou 10 para 12 cidades, foi aplicado para os próximos Mundiais. No processo de seleção para 2018 e 2022, documento da Fifa exigiu dos países candidatos que apresentem "aproximadamente" 12 estádios.

Patamar. O comitê da Copa-2014, que desconhecia a mudança, convenceu a Fifa a inchar seu evento pela dimensão continental do Brasil. Entre as 12 candidaturas aos futuros mundiais, só Rússia e EUA têm a mesma realidade.

Para a galera. Apesar de ontem tê-lo elogiado, ao pedir a mudança de local do jogo com o São Caetano, a diretoria do São Paulo não confia no presidente interino da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos.

Pombinhos. Na avaliação dos são-paulinos, Bastos já se reconciliou com Marco Polo del Nero, suspenso. Alegam que os dois têm feito aparições públicas juntos.

Com lupa. Ao reduzir a 6% cota de ingressos do Santos, o Corinthians buscou apoio no próprio Regulamento Geral de Competições da CBF, que o adversário o acusa de desrespeitar. Pelo artigo 79, o mandante tem que dar no máximo 10% dos bilhetes. Ou seja, não há mais cota mínima.

Novo texto. É que houve alteração no regulamento da CBF para 2009, percebida por advogados corintianos. Antes, até 2008, o texto dizia que o visitante tinha direito a adquirir até 10% dos ingressos.

De mal. A interlocutores, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, disse que o corintiano Andres Sanchez lhe prometeu pedir desculpas públicas pela redução dos ingressos. Como isso não ocorreu, irritou-se. Andres negou.

Caldeirão. Na cúpula santista, há consenso de que a diretoria corintiana cria factoide sobre jogar o clássico no interior para fugir da Vila Belmiro no Brasileiro.
Pi, pi, pi. Neymar Santos, pai de Neymar, recebe vários telefonemas de pessoas falando em inglês em seu celular. Como não entende a língua, desliga na hora.


Colaboraram RICARDO VIEL e RODRIGO BUENO , da Reportagem Local

Dividida

"Crianças já foram submetidas a tráfico por conta do futebol. Nesta legislação, ficam sem proteção. Temos que preservar seus direitos" De RENATO MENDES , coordenador de combate ao trabalho infantil da OIT, sobre o projeto de alteração da Lei Pelé


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