São Paulo, domingo, 21 de março de 2010

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Em sua 704ª edição, Re-Pa, "maior clássico do mundo", busca o livro dos recordes

DO ENVIADO A BELÉM

Qual é o maior clássico do futebol mundial? O duelo espanhol entre Real Madrid e Barcelona? A batalha argentina que Boca Juniors e River Plate travam desde 1908? Ou o choque político-religioso de Celtic e Rangers, da Escócia?
Não, bradam os paraenses. Segundo eles, o dérbi mais jogado do mundo começou em 1914 e é brasileiro. Hoje, Remo e Paysandu se encontram pela 704ª vez na história do futebol paraense. Longe da elite nacional desde 2005, o inflamado Re-Pa decide o título do primeiro turno do Estadual e, mais do que isso, pode parar no "Guinness Book", o famoso livro dos recordes.
"Nós temos a mais absoluta certeza de que é o confronto que mais se repetiu na história do futebol mundial", disse o jornalista João Batista Ferreira da Costa, presidente da Aclep (Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará) e autor do livro "Remo e Paysandu, o Clássico Mais Disputado do Futebol Mundial: 700 Jogos".
Após entrar em contato com o pessoal dos recordes, Costa passou a se municiar de jornais, revistas e documentos históricos para provar a veracidade dos números.
"Já fizemos a primeira tentativa e estamos aguardando a resposta deles", disse.
O último Re-Pa ocorreu há uma semana. No Mangueirão com mais de 40 mil pessoas, o Remo, maioral no duelo (tem 247 vitórias), perdeu por 4 a 2. Agora precisa vencer por dois gols de diferença para levar o título. O Paysandu tem 27 vitórias a menos do que o Remo, mas se orgulha de ter um título estadual a mais.
De acordo com o pesquisador, o duelo Santa Cruz x Náutico é o que mais se aproxima no Brasil, com mais de 500 partidas. Celtic e Rangers se digladiaram 549 vezes.
Para os remistas, o duelo inesquecível foi em 1972: o atacante Alcino driblou a zaga do Paysandu, colocou a bola logo após a linha de gol e sentou nela. "Foi expulso, mas o gol valeu", disse o presidente do Remo, Amaro Klatau.
Os torcedores do Paysandu ainda se lembram da goleada por 7 a 0 de 1945. Até hoje, é o placar mais elástico da história do clássico. (LUCAS REIS)


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