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Em sua 704ª edição, Re-Pa, "maior clássico do mundo", busca o livro dos recordes
DO ENVIADO A BELÉM
Qual é o maior clássico do
futebol mundial? O duelo espanhol entre Real Madrid e
Barcelona? A batalha argentina que Boca Juniors e River
Plate travam desde 1908? Ou
o choque político-religioso de
Celtic e Rangers, da Escócia?
Não, bradam os paraenses.
Segundo eles, o dérbi mais jogado do mundo começou em
1914 e é brasileiro. Hoje, Remo e Paysandu se encontram
pela 704ª vez na história do
futebol paraense. Longe da
elite nacional desde 2005, o
inflamado Re-Pa decide o título do primeiro turno do Estadual e, mais do que isso, pode parar no "Guinness Book",
o famoso livro dos recordes.
"Nós temos a mais absoluta
certeza de que é o confronto
que mais se repetiu na história do futebol mundial", disse
o jornalista João Batista Ferreira da Costa, presidente da
Aclep (Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos
do Pará) e autor do livro "Remo e Paysandu, o Clássico
Mais Disputado do Futebol
Mundial: 700 Jogos".
Após entrar em contato
com o pessoal dos recordes,
Costa passou a se municiar de
jornais, revistas e documentos históricos para provar a
veracidade dos números.
"Já fizemos a primeira tentativa e estamos aguardando
a resposta deles", disse.
O último Re-Pa ocorreu há
uma semana. No Mangueirão
com mais de 40 mil pessoas, o
Remo, maioral no duelo (tem
247 vitórias), perdeu por 4 a
2. Agora precisa vencer por
dois gols de diferença para levar o título. O Paysandu tem
27 vitórias a menos do que o
Remo, mas se orgulha de ter
um título estadual a mais.
De acordo com o pesquisador, o duelo Santa Cruz x
Náutico é o que mais se aproxima no Brasil, com mais de
500 partidas. Celtic e Rangers
se digladiaram 549 vezes.
Para os remistas, o duelo
inesquecível foi em 1972: o
atacante Alcino driblou a zaga
do Paysandu, colocou a bola
logo após a linha de gol e sentou nela. "Foi expulso, mas o
gol valeu", disse o presidente
do Remo, Amaro Klatau.
Os torcedores do Paysandu
ainda se lembram da goleada
por 7 a 0 de 1945. Até hoje, é o
placar mais elástico da história do clássico.
(LUCAS REIS)
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