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Instável, Palmeiras perde, e G4 é miragem
Time cai em casa de novo e vê semifinal longe; torcida chama técnico de "burro"
Palmeiras 0
Ponte Preta 2
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um time que consegue desbancar os meninos da Vila fora
de casa mas que decepciona
contra a Ponte Preta em pleno
Parque Antarctica. Assim é o
instável Palmeiras, derrotado
ontem e virtualmente eliminado do Campeonato Paulista.
Com 22 pontos conquistados
em 15 rodadas, o time só poderá
chegar aos 34 caso vença seus
últimos quatro compromissos
-contra o Rio Branco, o Mirassol, o Oeste e o Paulista.
No ano passado, o Santos ficou com a quarta vaga para as
semifinais ao atingir 37. Nos
dois anos anteriores, 35 pontos
bastaram para classificar Ponte
Preta e Bragantino, respectivamente. O próprio Palmeiras somou 35 em 2007, porém foi batido pelo clube de Bragança
Paulista no saldo de gols.
"Desde o início falei que seria
difícil [classificar] pela mudança de treinador, pelo que o time
já tinha feito até então no campeonato. E agora não é diferente. Temos que pensar na Copa
do Brasil e em preparar a equipe para o Brasileiro", declarou
o técnico Antônio Carlos.
O Palmeiras volta a atuar pela Copa do Brasil no dia 31, em
casa, contra o Paysandu. Na
partida de ida, em Belém, ganhou por 2 a 1. O próximo jogo
no Estadual, diante do Rio
Branco, será na quarta-feira,
longe do Parque Antarctica.
Ontem, o fiasco poderia ter
sido ainda maior se Marcos não
tivesse defendido um pênalti
cobrado por Finazzi no fim.
"Queria dedicar a vitória para
minha mãe, que faz 72 anos hoje [ontem] e é o meu amor. Como não deu, dedico essa defesa
do pênalti, então", disse o capitão da equipe, que teve o nome
gritado depois do apito final.
Diferentemente de Antônio
Carlos, por exemplo, chamado
de "burro" por parte da torcida
que estava nas cadeiras cobertas atrás do banco de reservas.
O presidente do clube, Luiz
Gonzaga Belluzzo, também foi
hostilizado, mas pela uniformizada Mancha Alviverde.
A insatisfação dos mais de 17
mil pagantes, porém, começou
bem antes, com as duas defesas
espetaculares que o goleiro da
Ponte Preta, Eduardo Martini,
fez em lances consecutivos.
Aos 14min, Cleiton Xavier
tentou o ângulo ao completar
de cabeça o cruzamento de Armero. Martini voou e espalmou
para fora. No minuto seguinte,
foi a vez de Danilo usar a testa,
mas dessa vez mirando o canto
baixo do goleiro, que se esticou
o evitou o gol certo.
A ira do torcedor se voltou
contra o próprio time apenas
na etapa final, depois de o zagueiro Diego ficar com o rebote
da cabeçada que Finazzi acertou no travessão e marcar o primeiro gol da Ponte. Finazzi deixou o dele minutos depois.
Aí, vieram as vaias ao Palmeiras, time capaz de bater São
Paulo e Santos mas que perde
para Ponte, Santo André e São
Caetano, três derrotas em casa.
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