São Paulo, domingo, 21 de março de 2010

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Instável, Palmeiras perde, e G4 é miragem

Time cai em casa de novo e vê semifinal longe; torcida chama técnico de "burro"

Palmeiras 0
Ponte Preta 2


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um time que consegue desbancar os meninos da Vila fora de casa mas que decepciona contra a Ponte Preta em pleno Parque Antarctica. Assim é o instável Palmeiras, derrotado ontem e virtualmente eliminado do Campeonato Paulista.
Com 22 pontos conquistados em 15 rodadas, o time só poderá chegar aos 34 caso vença seus últimos quatro compromissos -contra o Rio Branco, o Mirassol, o Oeste e o Paulista.
No ano passado, o Santos ficou com a quarta vaga para as semifinais ao atingir 37. Nos dois anos anteriores, 35 pontos bastaram para classificar Ponte Preta e Bragantino, respectivamente. O próprio Palmeiras somou 35 em 2007, porém foi batido pelo clube de Bragança Paulista no saldo de gols.
"Desde o início falei que seria difícil [classificar] pela mudança de treinador, pelo que o time já tinha feito até então no campeonato. E agora não é diferente. Temos que pensar na Copa do Brasil e em preparar a equipe para o Brasileiro", declarou o técnico Antônio Carlos.
O Palmeiras volta a atuar pela Copa do Brasil no dia 31, em casa, contra o Paysandu. Na partida de ida, em Belém, ganhou por 2 a 1. O próximo jogo no Estadual, diante do Rio Branco, será na quarta-feira, longe do Parque Antarctica.
Ontem, o fiasco poderia ter sido ainda maior se Marcos não tivesse defendido um pênalti cobrado por Finazzi no fim.
"Queria dedicar a vitória para minha mãe, que faz 72 anos hoje [ontem] e é o meu amor. Como não deu, dedico essa defesa do pênalti, então", disse o capitão da equipe, que teve o nome gritado depois do apito final. Diferentemente de Antônio Carlos, por exemplo, chamado de "burro" por parte da torcida que estava nas cadeiras cobertas atrás do banco de reservas.
O presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, também foi hostilizado, mas pela uniformizada Mancha Alviverde.
A insatisfação dos mais de 17 mil pagantes, porém, começou bem antes, com as duas defesas espetaculares que o goleiro da Ponte Preta, Eduardo Martini, fez em lances consecutivos.
Aos 14min, Cleiton Xavier tentou o ângulo ao completar de cabeça o cruzamento de Armero. Martini voou e espalmou para fora. No minuto seguinte, foi a vez de Danilo usar a testa, mas dessa vez mirando o canto baixo do goleiro, que se esticou o evitou o gol certo.
A ira do torcedor se voltou contra o próprio time apenas na etapa final, depois de o zagueiro Diego ficar com o rebote da cabeçada que Finazzi acertou no travessão e marcar o primeiro gol da Ponte. Finazzi deixou o dele minutos depois.
Aí, vieram as vaias ao Palmeiras, time capaz de bater São Paulo e Santos mas que perde para Ponte, Santo André e São Caetano, três derrotas em casa.


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