São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2000


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TÊNIS
Torneio, ainda sem local definido para acontecer, pode vir ao país só em 2002
Master no Brasil pode ser adiado

da Reportagem Local

A realização da Copa Master no Brasil, prevista para o ano que vem, pode ser adiada para 2002.
O torneio reúne, no final do ano, os oito tenistas melhores colocados no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). A classificação, também chamada de "corrida dos campeões", mede o desempenho do atleta na temporada.
Segundo Eduardo Menga, que anunciou ontem que deixou a vice-presidência da ATP Tour para a América Latina, o empresário português ainda busca um lugar que possa abrigar eventos desse tipo de forma permanente.
"Não houve entendimentos com a USP (Universidade de São Paulo). Ofereceram o Parque Villa-Lobos (na zona oeste da capital paulista), mas lá eles não vão poder montar uma estrutura permanente", conta Menga.
Um dos fatores que teria impedido a construção do ginásio na universidade seria o fato de que o Centro de Práticas Esportivas da USP é fechado para alunos, funcionários e professores.
A João Lagos Sports, empresa de marketing esportivo que detém os direitos da competição, também estudou a possibilidade de construir um local para o evento em Santo Amaro (zona sul de São Paulo), em um terreno que seria cedido pela prefeitura.
A Copa Master deste ano será em Lisboa, depois de ser realizada por dez anos na Alemanha, em Frankfurt e Hannover.
Empresários de Las Vegas, nos Estados Unidos, já avisaram que têm interesse em promover a competição do ano que vem. Mas, para isso, João Lagos teria que abrir mão dos direitos de organizar o torneio no Brasil.
A realização da Copa Master no país faz parte de uma estratégia para que o Brasil se candidate a abrigar alguma competição oficial da ATP no futuro.
"O grande problema é o calendário, que é muito apertado, com muitas competições. Para conseguirmos um torneio no Brasil, teríamos que comprar o evento de outro país", afirma Menga.
O Brasil já foi sede de cinco torneios da ATP, mas todos acabaram sendo vendidos para outros países. Em uma época em que o tênis brasileiro conta com dois atletas bem ranqueados (caso de Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni) -ironicamente- o país não conta com torneio algum.
Para conseguir mudar esse quadro, a estratégia de Lagos é tentar trazer o torneio de Santiago, no Chile, para o Brasil no futuro. Hoje a América Latina abriga três apenas etapas oficiais da ATP: Cidade do México, Bogotá, na Colômbia, e Santiago.


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