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TÊNIS
Torneio, ainda sem local definido para acontecer, pode vir ao país só em 2002
Master no Brasil pode ser adiado
da Reportagem Local
A realização da Copa Master no
Brasil, prevista para o ano que
vem, pode ser adiada para 2002.
O torneio reúne, no final do
ano, os oito tenistas melhores colocados no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). A classificação, também
chamada de "corrida dos campeões", mede o desempenho do
atleta na temporada.
Segundo Eduardo Menga, que
anunciou ontem que deixou a vice-presidência da ATP Tour para
a América Latina, o empresário
português ainda busca um lugar
que possa abrigar eventos desse
tipo de forma permanente.
"Não houve entendimentos
com a USP (Universidade de São
Paulo). Ofereceram o Parque Villa-Lobos (na zona oeste da capital paulista), mas lá eles não vão
poder montar uma estrutura permanente", conta Menga.
Um dos fatores que teria impedido a construção do ginásio na
universidade seria o fato de que o
Centro de Práticas Esportivas da
USP é fechado para alunos, funcionários e professores.
A João Lagos Sports, empresa
de marketing esportivo que detém os direitos da competição,
também estudou a possibilidade
de construir um local para o evento em Santo Amaro (zona sul de
São Paulo), em um terreno que
seria cedido pela prefeitura.
A Copa Master deste ano será
em Lisboa, depois de ser realizada
por dez anos na Alemanha, em
Frankfurt e Hannover.
Empresários de Las Vegas, nos
Estados Unidos, já avisaram que
têm interesse em promover a
competição do ano que vem. Mas,
para isso, João Lagos teria que
abrir mão dos direitos de organizar o torneio no Brasil.
A realização da Copa Master no
país faz parte de uma estratégia
para que o Brasil se candidate a
abrigar alguma competição oficial da ATP no futuro.
"O grande problema é o calendário, que é muito apertado, com
muitas competições. Para conseguirmos um torneio no Brasil, teríamos que comprar o evento de
outro país", afirma Menga.
O Brasil já foi sede de cinco torneios da ATP, mas todos acabaram sendo vendidos para outros
países. Em uma época em que o
tênis brasileiro conta com dois
atletas bem ranqueados (caso de
Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni) -ironicamente- o país
não conta com torneio algum.
Para conseguir mudar esse quadro, a estratégia de Lagos é tentar
trazer o torneio de Santiago, no
Chile, para o Brasil no futuro. Hoje a América Latina abriga três
apenas etapas oficiais da ATP: Cidade do México, Bogotá, na Colômbia, e Santiago.
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