RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Tudo o que o técnico Geninho temia aconteceu ontem, contra o Internacional. O Corinthians repetiu antigas falhas de marcação, que deixaram a sua defesa vulnerável, e perdeu por 2 a 1.
Em Porto Alegre, de virada, os corintianos conheceram a sua primeira derrota no Brasileiro-2003 fora de casa. Como visitantes, tinham empatado com o Figueirense (3 a 3) e o Vasco (2 a 2).
Geninho tinha medo de perder e continuar longe dos primeiros colocados. E sua equipe está na 14ª posição, com cinco pontos. O Inter tem 12 e é o terceiro.
O time paulista também falhou na missão de triunfar fora de seus domínios para compensar a derrota diante do Atlético-MG (3 a 0), no Pacaembu, na estréia.
A partida de ontem foi a segunda seguida dos corintianos como visitantes no Nacional. A outra foi no Rio, com os vascaínos. Geninho planejava terminar as duas viagens com quatro pontos, mas volta para casa com apenas um.
"Erramos muito [contra o Inter], mas ainda temos tempo para nos recuperar", disse Fábio Luciano, que completou cem jogos com a camisa do clube.
Preocupados em proteger melhor a sua defesa, os corintianos seguiram a sugestão de Gil, que pedira para o time fazer mais faltas, recurso adotado frequentemente pelo Inter neste Nacional.
O time paulista cometeu 31 infrações, segundo o Datafolha. Antes da partida de ontem, a média da equipe era de 26 faltas.
O zagueiro Anderson, que contra o Vasco, fizera dois pênaltis, foi o corintiano mais violento no jogo, com dez faltas cometidas.
Já o Inter, que terminara a quarta rodada com média de 31,3 infrações por partida, foi menos violento. Cometeu 20 ontem.
No primeiro tempo, foram dez faltas. Oito delas em Gil. Mas não foi o suficiente para anular o corintiano. Aos 13min, ele recebeu livre, após cruzamento de Rogério, e marcou o seu primeiro gol de cabeça no Nacional.
Antes da partida, o atacante corintiano havia dito que estava preocupado em melhorar o seu desempenho nas jogadas aéreas.
O time gaúcho, que até antes da rodada de ontem era o que menos finalizava, com média 9,3 arremates por jogo, fez seis no primeiro tempo, e acertou um.
A conclusão perfeita foi de André, que chutou da esquerda do ataque gaúcho para empatar o jogo. O lance começou com um desarme errado de Leandro.
Antes mesmo de o Inter marcar, os toque errados, principalmente dos zagueiros corintianos já tinham dado ao time gaúcho oportunidades para empatar.
Encarregados de proteger a zaga, Fabrício e Fabinho fizeram só nove e sete desarmes, respectivamente. Assim, Anderson se encarregou de roubar a bola dos rivais. Foi o corintiano que mais fez isso, com 20 desarmes.
Ele ficou mais sobrecarregado com a expulsão de Fabinho, que tinha cartão amarelo e fez nova falta, aos 15min da etapa final.
Aos 36min, Claiton pegou a zaga rival desprevenida. De seu campo de defesa, lançou André, que estava sem marcação. Doni falhou ao tentar afastar a bola e não evitou que o atacante marcasse, de cabeça, seu segundo gol.



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