ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK

Michael Jordan publicou uma carta aberta ao basquete ontem nos principais jornais dos EUA, o principal pronunciamento em sua despedida das quadras.
A última partida oficial de Jordan ocorreu na semana passada, quando seu time, o Washington Wizards, encerrou sua temporada da NBA com uma derrota para o Philadelphia 76ers (107 a 87).
O texto é uma declaração de amor ao basquete. "Já faz quase 28 anos do primeiro dia que nos conhecemos, 28 anos desde que eu te vi no fundo da nossa garagem, 28 anos desde que meus pais nos apresentaram", diz o início da carta assinada por Jordan, 40, que começou a jogar aos 12 anos.
"Se alguém me contasse o que aconteceria conosco, não sei se acreditaria. Eu mal sabia seu nome. Então comecei a vê-lo na vizinhança e na televisão. Quando meu irmão mais velho começou a prestar mais atenção em você, eu comecei a imaginar que talvez você fosse diferente."
A partir daí, Jordan se tornou jogador profissional, disputou 15 temporadas da NBA, ganhou seis títulos da liga mais um ouro olímpico e se consagrou como o mais destacado jogador da história.
Ontem, ele lembrou as dificuldades para chegar até lá, a começar pela vez em que não conseguiu vaga no time da Universidade da Carolina do Norte: "Fiquei destruído, acho que até chorei. Mas, então, eu queria você mais do que nunca. Aí eu treinei. Estudei você e me apaixonei", disse.
Mas, em sua carreira, o basquete não foi o único esporte. No fim de 1993, ele fez incursão no beisebol, mas não obteve o mesmo sucesso e retornou ao basquete.
Ao final da carta, Jordan diz que, dessa vez, sua aposentadoria será para sempre -é a terceira vez que ele anuncia o fim da carreira-, mas sugere que atuará em outras áreas do esporte.
"Meus dias como jogador estão encerrados, mas nosso relacionamento jamais acabará", escreve ele no texto publicado ontem.



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