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VÔLEI
Tática torturante
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Está sendo bem mais tranquilo do que o esperado: o
BCN/Osasco venceu as duas primeiras partidas, da série melhor
de cinco, contra o MRV-Minas e
está a uma vitória do inédito título de campeão brasileiro. O time
mineiro, dono da melhor campanha da Superliga, só conseguiu
vencer um set nos dois jogos.
O maior mérito da equipe de
Osasco tem sido quebrar o passe
adversário. A tática chega a ser
torturante: um saque insistente
em cima da americana Logan
Tom. No primeiro jogo, ela ficou
tão desestabilizada que foi substituída. Anteontem, ela continuou
em quadra, mas a sua recepção
foi irregular.
Resultado: sem passe, a levantadora Fofão não pôde jogar com
bolas de velocidade. O jogo ficou
concentrado nas pontas e, para
piorar, a principal atacante do
Minas, a oposto Elisângela, não
estava virando as bolas. Marcou
só três pontos até a metade do segundo set, quando foi substituída
por Sheila.
Mas quem viu o jogo também
deve ter se encantado com a variedade e velocidade das jogadas
de ataque do BCN. Com o passe
na mão, a levantadora Fernanda
deu show. O Minas só conseguiu
fazer dois pontos de bloqueio. E o
time paulista, com Paula, Virna,
Bia, Valeskinha e Daniela, fez 51
pontos de ataque. Uau!
O próximo confronto será na
quinta-feira, em Belo Horizonte.
O Minas tem a vantagem de jogar
em casa, mas vai ter que se esforçar para superar a pressão de não
pode perder. Mais: vai ter que arrumar a recepção e acertar o saque, já que deixar Fernanda jogar
com o passe na mão é suicídio.
Já o time de Osasco começou a
ganhar confiança no primeiro jogo, quando derrotou o Minas
também em Belo Horizonte. Esse
resultado abalou o adversário e
abriu o caminho para o título.
Com a vantagem de duas vitórias, o talento e a experiência de
Fernanda e Virna, vai ser difícil o
BCN não ser campeão.
Sempre cauteloso, o técnico José
Roberto Guimarães diz que faltam três jogos para o título. Ele
tem razão. Só que nessas três partidas, basta uma vitória para seu
time ser campeão. E isso pode
acontecer nesta quinta-feira.
Vale também lembrar aqui as
boas novas da seleção: Virna e
Raquel estão de volta. Será que é
o primeiro passo para a reconciliação? Fofão, Érika e Walewska,
que também pertenciam ao grupo de cinco atletas que em 2002
pediram dispensa por divergências com o técnico, continuam fora da equipe.
Para infelicidade geral da nação, um país que tem Fernanda
Venturini e Fofão não contará
com nenhuma das duas na seleção. As duas levantadoras inscritas no Grand Prix são Marcelle e
Fabíola. Mas, pelo que tudo indica, Marco Aurélio vai retomar as
conversações com Fofão depois do
fim da Superliga.
Vamos ficar torcendo. Você sabe, ela é fundamental para a seleção, ainda mais que 2004 é ano
olímpico. Atenção, amantes do
vôlei, precisamos iniciar uma
campanha tipo "volta Fofão". O
Brasil precisa de uma levantadora experiente em quadra para poder lutar pelo ouro em Atenas.
Italiano 1
O Macerata, do atacante Nalbert, e o Modena, do ponta Dante, vão se
enfrentar na próxima quarta-feira no primeiro jogo das semifinais
do Campeonato Italiano. A equipe do Macerata garantiu a classificação com uma vitória por 3 sets a 0 sobre o Latina, no quarto confronto da série de cinco. Já o time do Modena sofreu mais e acabou assegurando a vaga apenas na quinta partida ao derrotar o Trentino por 3
sets a 2 no último sábado.
Italiano 2
A outra semifinal reunirá o Treviso, dono da melhor campanha do
torneio, e o Milano. O Treviso conta com estrelas da seleção italiana
-Papi e Fei- e o russo Dineikine. Os destaques do Milano são o iugoslavo Nikola Grbic e o argentino Marcos Milinkovic.
E-mail cidasan@uol.com.br
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