São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2006

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Libertadores pega fogo com superduelos que vão reeditar na semana que vem mata-matas clássicos do trio de ferro paulistano na competição

São Paulo x Palmeiras
Corinthians x River

Rubens Cavallari/Folha Imagem
O são-paulino Rogério comemora após marcar, de pênalti, seu primeiro gol na Libertadores-2006


DA REPORTAGEM LOCAL

Os destinos de São Paulo e Palmeiras mudaram repentinamente na Libertadores graças ao pé direito do são-paulino Danilo. Só ficou inalterada a sorte do Corinthians, também em jogo na rodada final da fase de grupos.
Ao marcar, aos 13min do segundo tempo, contra o Caracas (VEN), o meia colocou o Palmeiras no caminho de seu clube no torneio continental. Até sair o primeiro gol da vitória por 2 a 0 no Morumbi, o time de Muricy Ramalho caminhava para enfrentar o Nacional de Medellín, pois estava em segundo no Grupo 1.
Com o triunfo, assegurou a liderança da chave e "escolheu" o Palmeiras como rival nas oitavas-de-final do torneio. Até então, os palmeirenses pegariam o mexicano Chivas no mata-mata.
O primeiro clássico acontece na quarta-feira, com mando do Palmeiras, que deseja encarar o rival no Parque Antarctica, como ocorreu na Libertadores do ano passado. A vitória são-paulina e o empate do Chivas com o Cienciano (0 a 0) deixaram o Corinthians, que poderia pegar o Palmeiras, na rota do argentino River Plate.
Além do fato de ter sido selada a sorte dos rivais paulistas na Libertadores, só merece registro no jogo de ontem o segundo gol, marcado por Rogério, cobrando pênalti, no fim da partida. Foi o 59º de sua carreira. Está a três de igualar a marca do lendário paraguaio Chilavert, por enquanto o principal goleiro artilheiro da história.
De resto, o jogo foi pouco empolgante, com domínio do São Paulo em quase toda a partida.
Mais emoção para os torcedores causava a expectativa pelo nome do adversário do confronto pela próxima fase do campeonato.
O público, aliás, foi o menor do São Paulo no Morumbi neste século em partidas válidas pela Libertadores. Pagaram ingresso 21.854 torcedores.
Pela quarta vez na história da competição, palmeirenses e são-paulinos ficarão frente a frente para defender o direito de continuar com o sonho de chegar ao mais cobiçado título do futebol interclubes na América.
Nas outras três, o time do Morumbi despachou o adversário. Duas vezes em mata-mata (1994 e 2005), ambas nas oitavas-de-final, e uma na primeira fase (1974).
Ao todo foram seis partidas, com cinco vitórias da equipe são-paulina e um empate.
No duelo de 2005, o lateral Cicinho selou a classificação do São Paulo marcando o gol de número 10 mil da história da competição.
Às vésperas do confronto com o arqui-rival, o Palmeiras, em crise, corre o risco de perder jogadores suspensos por causa da briga com o Cerro Porteño. Seu estádio também pode ser interditado.
Enquanto os palmeirenses tentam ganhar seu primeiro título importante desde 1999, quando venceram a Libertadores, o São Paulo busca o segundo seguido no torneio, o quarto na história.


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