DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro jogo, ele não apareceu. Ontem, porém, Valdivia desequilibrou. Armou jogadas, irritou a marcação ao cavar faltas e se consagrou no final ao fazer o segundo gol. O chileno mostrou que a equipe mais técnica foi à final. E despachou o time que nos últimos tempos se especializou em estragar a festa dos palmeirenses. O meia disse que o Palmeiras foi merecedor, mas não conquistou nada. "Temos de pensar na Ponte."

 

PERGUNTA - Vencer o São Paulo teve um sabor especial?
VALDIVIA - O mais importante nisso é que o Palmeiras cumpriu o seu objetivo de chegar à decisão do Paulista. O São Paulo foi um adversário muito difícil, mas sabíamos que a partida seria brigada, disputada até o final.

PERGUNTA - Qual foi o papel dos torcedores no jogo?
VALDIVIA - Fundamental. Eles apoiaram o tempo todo. Sentiram que o time se dedicou, correu e lutou muito. O resultado foi um prêmio para todos nós.

PERGUNTA - Você comemorou o gol dançando. Foi especial ter marcado?
VALDIVIA - Gol em clássico é especial. Ainda mais numa semifinal de Paulista em que valia a vaga para a decisão. Foi muito bom.

PERGUNTA - Quando apagou a luz, você teve um desentendimento com o Rogério?
VALDIVIA - Não. Foi um tapa de amigo. Não aconteceu nada. Coisa de jogo. Tenho o maior respeito pelo Rogério. Eu considero ele e o Marcos os dois melhores goleiros do Brasil na atualidade.

PERGUNTA - O que fazer para evitar o clima de "já ganhou" na final contra a Ponte Preta?
VALDIVIA - A Ponte tem uma grande equipe e chegou à final com duas vitórias sobre o Guaratinguetá, que era o melhor time na primeira fase. Vamos respeitar. E o Vanderlei [Luxemburgo] vai saber orientar o time.

PERGUNTA - Você acha que agora o Palmeiras está na frente do São Paulo?
VALDIVIA - São duas equipes que se equivalem. Montamos um grupo, e o São Paulo já está com um elenco montado. Acredito que são duas ótimas equipes, e o jogo provou isso.


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