Derrota para a LDU deixa time virtualmente eliminado e com recorde negativo na Taça Libertadores

Fracasso também fará do torneio atual o pior da carreira de Luxemburgo, pressionado depois da eliminação no Paulista

Fernando Santos/Folha Imagem

O meia Diego Souza, protagonista de briga na partida contra o Santos, conversa com o técnico Luxemburgo em treino do Palmeiras, que hoje enfrenta a LDU

PAULO COBOS
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo joga hoje, contra a LDU, às 20h15, para não fazer da edição de 2009 a pior participação de clube e treinador na Libertadores da América.
Em caso de derrota, no Parque Antarctica, contra os atuais campeões, o time paulista estará virtualmente eliminado. Um empate o deixará com chances remotas de passar às oitavas de final e também já fará da atual a pior fase de grupos do clube no torneio sul-americano, o qual o Palmeiras disputa pela 14ª vez.
Sempre o clube conquistou pelo menos da metade dos pontos que disputou -tem hoje aproveitamento de apenas 33% e chegará, no máximo, a 44% se empatar contra a LDU.
Nas outras cinco vezes em que dirigiu um time na Libertadores, o técnico Luxemburgo também sempre teve performance superior a 50% na fase de grupos e sempre foi ao mata-mata -em 2004, começou no Cruzeiro e foi para o Santos no meio do campeonato.
Uma derrota hoje vai gerar outro recorde negativo.
Antes, o Palmeiras sempre ganhou pelo menos um jogo como mandante na Libertadores (agora só fez isso na pré-Libertadores). Em 2009, empatou com o Sport e perdeu para o chileno Colo Colo -os dois rivais que lideram sua chave, com sete pontos, três a mais do que Palmeiras e LDU.
Luxemburgo não falou ontem com os jornalistas, mas o goleiro Marcos reconheceu que uma derrota hoje, que deixaria o time sem vitórias por quatro jogos, será traumática.
"Só temos três campeonatos no ano [Paulista, Brasileiro e Libertadores]. Ser eliminado de duas competições em uma semana seria um trauma muito grande para a gente levar para o Brasileiro", falou Marcos.
A receita para evitar o fiasco, segundo os palmeirenses, é manter a calma. "Acho que não podemos partir para o desespero. O jogo contra o Sport lá [no Recife] foi uma lição. Jogamos bem [vitória por 2 a 0], com inteligência e não demos espaço", falou o meia Cleiton Xavier.
Para passar ao mata-mata da Libertadores sem depender de outros resultados, o Palmeiras precisa vencer a LDU e também o Colo Colo, na rodada derradeira da primeira fase, no próximo dia 29, em Santiago.
Até lá, o time alviverde não terá outros compromissos -o Campeonato Brasileiro começa somente no dia 9 de maio.
Desde que a Libertadores foi inchada, no começo desta década, poucos clubes brasileiros foram eliminados na primeira fase, e a maioria que fez isso era modesta, casos de Paulista, Santo André e Juventude.