São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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TÊNIS

Em pratos limpos


No saibro, ninguém duvida de que Rafael Nadal, recém-saído de lesão e desacreditado, é o tenista a ser derrotado


RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

A INCRÍVEL saga de Roger Federer em Roland Garros no ano passado, seu choro incontido após a final contra o sueco Robin Soderling e a conquista de seu 14º Grand Slam, justamente no saibro que lhe faltava, deixaram escondido um outro resultado surpreendente: Rafael Nadal havia sofrido alguns dias antes sua primeira derrota em cinco anos no Aberto da França.
A sétima final seguida de Federer em Wimbledon, no mês seguinte, e o sexto troféu, após final eletrizante contra Andy Roddick, conseguiram fazer esquecer que, machucado, Nadal nem se inscrevera. Enquanto Federer ficava sob holofotes com suas filhas recém-nascidas, Nadal lutava em silêncio pela recuperação.
Antes do fim do ano, o surpreendente triunfo do novato Juan Martin del Potro em Nova York não deixaria nenhuma saudade de Nadal.
Só agora, quando a temporada de saibro tem seu início, é que as atenções se voltam para o espanhol. Neste ano, porém, com muito mais reservas. Afinal, ele estaria realmente recuperado de suas lesões, principalmente a do joelho? Conseguiria manter a intensidade e a pressão em cima dos rivais, como sempre foi sua prática nas quadras lentas? Manteria a força mental e a confiança de sempre, mesmo tendo perdido a soberania no saibro para o arquirrival?
Pois quem viu Nadal em quadra nesta primeira semana de temporada de saibro, em Montecarlo, eliminou de uma vez por todas qualquer dúvida. Não foi apenas o título, o sexto seguido em um mesmo torneio (e não um torneio qualquer), algo inédito no tênis, nem os meros 14 games perdidos em cinco jogos, algo fantástico, mas exatamente a boa forma física, a intensidade e a pressão sobre os rivais, a força mental e a confiança dos seus melhores dias.
Não há dúvida de que Federer vem descansado e com a intenção de mostrar que seu Grand Slam no saibro não foi acidental. Não há também dúvida de que Andy Murray e Novak Djokovic precisam provar ser reais vencedores. Não há dúvida de que o saibro sempre abriu espaço para surpresas. Mas ninguém dúvida de que Nadal ainda é o favorito.

EM BLUMENAU
Marcos Daniel venceu o Aberto de Santa Catarina ao bater Bastian Knittel (ALE). Com seu 12º título de challenger, voltou ao top 100.

EM CURITIBA
Nesta semana, alguns dos melhores brasileiros jogam novo challenger, no Graciosa Country Club.

PELO BRASIL
José Pereira Jr. ganhou o Future de Bauru (SP) com a vitória sobre Alejandro Kon (ARG). Nesta semana, a capital federal recebe um future.

EM ALPHAVILLE
O Instituto Tênis inaugurou seu centro de treinamento.

reandaku@uol.com.br


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