São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 2011

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FUTEBOL

RODRIGO BUENO

@RodrigoBuenoESP
rodrigo.bueno@grupofolha.com.br

Futebol-arte do Stoke e futebol-tosco do Real

EM MEIO à overdose de Barça x Real, parece que todos os outros jogos perdem em importância. Mas houve um verdadeiro espetáculo no domingo. O limitado, previsível e tosco Stoke City aplicou um insinuante 5 a 0 no Bolton e fará sua primeira final da Copa da Inglaterra.
Para quem não conhece bem o Stoke, é um time pequeno, cuja principal arma é o lateral-monstro de Delap, um jogador capaz de mandar a bola com as mãos a uma velocidade superior a 60 km/h e que pode servir um colega que está a 40 m de distância dessa forma.
Para quem não conhece o Bolton, é um time pequeno, que por muito tempo fez uso do melhor e do pior estilo "kick and rush", aquela ligação direta, aquele bicão seguido de correria, aquele esquema 0-10 com todo o time na área do adversário para tentar um abafa, um pinball, um lance de churrasco.
O Bolton traiu o movimento que eu apelidei certa vez de "Futebolton" e nesta temporada passou a jogar um futebol mais vistoso com o seu técnico Owen Coyle. Até por isso era favorito nessa semifinal da FA Cup de times que parecem se divertir com a ausência de craques.
E eis que veio o mais surpreendente futebol-arte. O Stoke fez cinco gols sem ter chegado às redes por meio de sua famosa e temida bola parada. Até Huth, um defensor e lenhador alemão que tem muito mais que a cintura dura, deixou sua marca.
O Stoke não faz a menor questão de ter mais posse de bola que o adversário. Deverá ser "dominado" sem complexos pelo rico Manchester City na decisão em Wembley e por todos os rivais estrangeiros que venham a enfrentá-lo numa Liga Europa.
Num hipotético jogo com o Barcelona, deixaria a bola quase 100% do tempo com o belo time catalão, e talvez o derrotasse com toda a sua inocente grossura. E Mourinho tem todo o direito de armar um Real que lembra o Stoke para bater o Barça.

O TIME DE FRANCO
Ditador espanhol era Atlético, nada doente

A tese de que o Real Madrid se transformou no maior time do mundo por conta de Franco tem vários "buracos". Um deles é que o ditador pouco curtia futebol, e o time que ajudou quando chegou ao poder foi o Atlético, seu clube preferido, o único que viajava de avião. O governo espanhol sugeriu que Barça e Real "dividissem" Di Stéfano. O Barça não aceitou.

'SPECIAL' NO BARÇA
Mourinho, Xavi, Puyol...
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