São Paulo, terça, 21 de abril de 1998

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Técnico tenta conter empolgação ofensiva

da Reportagem Local

Com a boa fase atravessada pelo São Paulo -oito vitórias seguidas-, o técnico Nelsinho Batista vem tendo como missão conter a empolgação dos jogadores dentro de campo.
No jogo contra o Palmeiras, anteontem, após empatar, o técnico chamou o goleiro Rogério e pediu que ele ordenasse o time a conter o avanço desordenado de jogadores, que tentavam a virada a partir dos 13min do segundo tempo. O gol saiu aos 47min.
"Ele achou que o time estava saindo muito rápido e pediu para que eu passasse o recado. Tocando mais a bola, a gente ataca com a equipe mais bem postada dentro de campo", afirmou o goleiro.
A alegação do treinador é que a ousadia do time pode ter resultado contrário. "Em alguns momentos, a gente tem que manter a posse de bola. Naquele momento, contra o Palmeiras, que estava com um jogador a menos e fechado, a gente tinha que fazer a bola correr mais, para que eles se mexessem", justifica o técnico.
A contenção do ímpeto são-paulino é confirmada pelo atacante Dodô. "O treinador (Nelsinho Batista) até fala para a gente dosar mais o jogo, mas é uma característica nossa querer sair para cima do adversário", afirma.
Em relação a Denílson, no entanto, a liberdade é incondicional. Anteontem, contra o Palmeiras, a atuação do atleta, com tentativas de jogadas de efeito, irritou os palmeirenses. Mas, segundo o técnico, se depender dele, atuações como aquela continuarão.
"Quero que ele continue desse jeito, partindo para cima do adversário. O jogo dele é esse aí", justifica o técnico.
O jogador nega que tenha tentado menosprezar os adversários e afirma estar passando a melhor fase da carreira.
"Já passei boas fases, mas nenhuma como essa, de jogar bem seis, sete partidas seguidas. Mas o time, que está mantendo uma regularidade, tem ajudado muito", afirma Denílson.
E o jogador afirma não se assustar com a possibilidade de o número de faltas sofridas aumentar proporcionalmente ao número de dribles que tenta ou executa.
"Cada jogo que passa, é sempre assim. E pode até piorar", conforma-se. (LCP)


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