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Em Recife, São Paulo usa ex-titulares e perde a 1ª
Equipe cai ante o Náutico mesmo após entradas de Leandro, Souza e Aloísio
Náutico 1
São Paulo 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Muricy Ramalho tentou,
com seus "dois times", vencer o
Náutico, ontem à noite, no estádio dos Aflitos, no Recife.
Mas nem Aloísio, Leandro e
Souza, que entraram durante o
jogo, impediram os donos da
casa de vencerem por um gol.
A expulsão de Aloísio, aliás,
aos 20min do segundo tempo,
foi decisiva para que o Náutico
encontrasse mais espaços na
defesa tricolor e achasse seu
gol, 13 minutos depois.
No lance capital, o árbitro
Washington José Alves de Souza marcou falta do atacante no
meio-campo. Em seguida, voltou-se para o jogador e mostrou
o cartão vermelho -ele não tinha recebido o amarelo.
Na saída para o vestiário, o
atleta explicou por que foi expulso. "Eu só falei que ele não
marcava falta nenhuma para a
gente. Falei "marca essa porra
dessa falta, seu filho da puta'",
disse, sem papas na língua.
Nervosismo injustificável, já
que em momento algum o Náutico se fez valer da pressão no
"caldeirão" dos Aflitos.
Antes de a bola rolar, Muricy
foi homenageado pelo clube local devido ao bicampeonato estadual (2001/2002) que o treinador conquistou no comando
do time pernambucano. A boa
recepção, porém, não contagiou o São Paulo, que, com a
mesma escalação utilizada na
estréia, mostrou-se travado.
O primeiro tempo foi sofrível. Sem inspiração, nenhum
dos times conseguiu criar.
No lado são-paulino, Dagoberto e Ilsinho foram os únicos
que ainda tentaram surpreender a dupla de zaga do rival.
Coube ao atacante, aliás, cavar a falta da qual resultou o
momento mais perigoso da
equipe. Aos 32min, Rogério bateu próximo ao ângulo direito
da meta de Gléguer, mas não
conseguiu desencantar -o arqueiro ainda não marcou gols
de falta nesta temporada.
"Precisamos ser inteligentes
e botar a bola no chão. Estamos
entrando no jogo deles", reclamou Dagoberto no intervalo.
Já que o problema estava no
ataque, ambos os treinadores
fizeram trocas no setor. Paulo
César Gusmão tirou Beto e colocou Fábio Saci. Muricy substituiu Borges por Aloísio.
Mas vieram de um lateral, Ilsinho, as boas oportunidades
são-paulinas da etapa final. Em
dois passes recebidos no mesmo lugar da área pernambucana, ele pecou nas finalizações.
Quando o São Paulo finalmente tomou conta do jogo e
pressionava os donos da casa,
Aloísio estragou os planos de
Muricy ao ser expulso.
Na tentativa de dar uma "oxigenada" no time, o técnico recorreu a outros ex-titulares.
Leandro entrou na vaga do cansado Dagoberto. Depois, Hernanes deu lugar a Souza.
Mas a única coisa que os "veteranos" do time fizeram foi assistir de camarote ao gol do
Náutico, aos 33min.
Marcel cruzou da esquerda, e
o uruguaio Acosta completou
de primeira para o fundo das
redes de Rogério. Foi o segundo
tento dele no campeonato.
Mesmo sem um atleta de referência na área, o atual campeão brasileiro insistiu no jogo
aéreo, com cruzamentos de
Jorge Wagner e Hugo, até o fim.
Ainda no campo, o zagueiro
Miranda culpou o árbitro pela
derrota. "Ele apitou mal, nos
prejudicou. Mas, infelizmente,
no Brasileiro a gente vai encontrar juízes desses lugares", falou, em referência ao juiz ser da
federação amazonense.
Já o ala Souza preferiu olhar
para o próprio umbigo. "O futebol não te deixa pensar. Por isso
que estou na reserva hoje. O
Hernanes está melhor do que
eu, e está jogando", disse.
Com o resultado, os paulistas
caíram para o oitavo lugar na
classificação, com três pontos,
mesma pontuação do Náutico,
que é o 12º colocado.
Na próxima rodada, o São
Paulo terá, no Morumbi, o clássico contra o Palmeiras, que
venceu suas duas partidas até
agora neste Nacional.
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