São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

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Em Recife, São Paulo usa ex-titulares e perde a 1ª

Equipe cai ante o Náutico mesmo após entradas de Leandro, Souza e Aloísio

Náutico 1
São Paulo 0

DA REPORTAGEM LOCAL

Muricy Ramalho tentou, com seus "dois times", vencer o Náutico, ontem à noite, no estádio dos Aflitos, no Recife. Mas nem Aloísio, Leandro e Souza, que entraram durante o jogo, impediram os donos da casa de vencerem por um gol.
A expulsão de Aloísio, aliás, aos 20min do segundo tempo, foi decisiva para que o Náutico encontrasse mais espaços na defesa tricolor e achasse seu gol, 13 minutos depois.
No lance capital, o árbitro Washington José Alves de Souza marcou falta do atacante no meio-campo. Em seguida, voltou-se para o jogador e mostrou o cartão vermelho -ele não tinha recebido o amarelo.
Na saída para o vestiário, o atleta explicou por que foi expulso. "Eu só falei que ele não marcava falta nenhuma para a gente. Falei "marca essa porra dessa falta, seu filho da puta'", disse, sem papas na língua.
Nervosismo injustificável, já que em momento algum o Náutico se fez valer da pressão no "caldeirão" dos Aflitos.
Antes de a bola rolar, Muricy foi homenageado pelo clube local devido ao bicampeonato estadual (2001/2002) que o treinador conquistou no comando do time pernambucano. A boa recepção, porém, não contagiou o São Paulo, que, com a mesma escalação utilizada na estréia, mostrou-se travado.
O primeiro tempo foi sofrível. Sem inspiração, nenhum dos times conseguiu criar.
No lado são-paulino, Dagoberto e Ilsinho foram os únicos que ainda tentaram surpreender a dupla de zaga do rival.
Coube ao atacante, aliás, cavar a falta da qual resultou o momento mais perigoso da equipe. Aos 32min, Rogério bateu próximo ao ângulo direito da meta de Gléguer, mas não conseguiu desencantar -o arqueiro ainda não marcou gols de falta nesta temporada.
"Precisamos ser inteligentes e botar a bola no chão. Estamos entrando no jogo deles", reclamou Dagoberto no intervalo.
Já que o problema estava no ataque, ambos os treinadores fizeram trocas no setor. Paulo César Gusmão tirou Beto e colocou Fábio Saci. Muricy substituiu Borges por Aloísio.
Mas vieram de um lateral, Ilsinho, as boas oportunidades são-paulinas da etapa final. Em dois passes recebidos no mesmo lugar da área pernambucana, ele pecou nas finalizações.
Quando o São Paulo finalmente tomou conta do jogo e pressionava os donos da casa, Aloísio estragou os planos de Muricy ao ser expulso.
Na tentativa de dar uma "oxigenada" no time, o técnico recorreu a outros ex-titulares. Leandro entrou na vaga do cansado Dagoberto. Depois, Hernanes deu lugar a Souza.
Mas a única coisa que os "veteranos" do time fizeram foi assistir de camarote ao gol do Náutico, aos 33min.
Marcel cruzou da esquerda, e o uruguaio Acosta completou de primeira para o fundo das redes de Rogério. Foi o segundo tento dele no campeonato.
Mesmo sem um atleta de referência na área, o atual campeão brasileiro insistiu no jogo aéreo, com cruzamentos de Jorge Wagner e Hugo, até o fim.
Ainda no campo, o zagueiro Miranda culpou o árbitro pela derrota. "Ele apitou mal, nos prejudicou. Mas, infelizmente, no Brasileiro a gente vai encontrar juízes desses lugares", falou, em referência ao juiz ser da federação amazonense.
Já o ala Souza preferiu olhar para o próprio umbigo. "O futebol não te deixa pensar. Por isso que estou na reserva hoje. O Hernanes está melhor do que eu, e está jogando", disse.
Com o resultado, os paulistas caíram para o oitavo lugar na classificação, com três pontos, mesma pontuação do Náutico, que é o 12º colocado.
Na próxima rodada, o São Paulo terá, no Morumbi, o clássico contra o Palmeiras, que venceu suas duas partidas até agora neste Nacional.


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