São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

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Inseguro, Palmeiras fica 100%

Time de Caio Jr. constrói vitória no primeiro tempo, mas sofre nos minutos finais para segurá-la

Palmeiras 2
Figueirense 1

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Era para ser um passeio. Mas terminou com um final dramático. O Palmeiras fechou a segunda rodada do Brasileiro com 100% de aproveitamento ao derrotar o Figueirense por 2 a 1. Apesar da vitória, o time deixou o campo com a sensação de que muita coisa precisa revista para embalar no torneio.
"O nosso time começou bem, fez 2 a 0, criou muitas oportunidades, mas não matou o adversário. Ainda não é uma equipe confiante. E confiança é tudo no futebol", disse um exaurido Edmundo ao fim do jogo.
O craque se referiu ao fato de o time ter aberto dois gols com apenas 25 minutos de partida, além de o Figueirense ter tido Diogo Roque expulso ainda antes do intervalo.
Faltando poucos minutos para o fim do jogo, quando o Palmeiras teve o jogador Caio expulso, foi de Edmundo o gesto providencial para que a torcida empurrasse o time.
"O torcedor sabia que a partida estava a perigo e foi fundamental", disse o camisa 7.
Para Martinez, fica a lição de que o time não pode relaxar. "Entramos no jogo deles, e o Figueirense quebrou o nosso ímpeto", comentou o volante.
Antes do confronto, a administração do estádio até fez a sua parte ao atender um pedido do técnico Caio Júnior e irrigar o gramado. A alegação do técnico era que a grama molhada faria a bola correr mais e facilitaria a pressão sobre o adversário de ontem. Dito e feito.
O Figueirense até que tentou impressionar adiantando a marcação, mas, com cinco minutos, Valdivia pôs tudo por água abaixo. O meia chileno escorou cruzamento de Florentin e abriu o placar: 1 a 0.
O que aconteceu depois foi uma sucessão de chances perdidas para o Palmeiras. Valdivia seguia atormentando o time adversário, provocando faltas, e Edmundo, mesmo sem muito brilho, levava perigo ao rival.
O destaque da primeira etapa, no entanto, foi o meia Michael. Ele atuou pelo lado esquerdo com desenvoltura na criação e nas bolas roubadas.
O Figueirense, de prático, teve uma boa chance desperdiçada em cabeçada fraca. Mas, aos 24min, novamente os estrangeiros do time desequilibraram. Florentin cruzou da direita, e Valdivia completou.
O Palmeiras passou a prender a bola. Quando Diogo Roque foi expulso, após entrada dura em Valdivia, as coisas ficaram mais fáceis para os mandantes do jogo.
No segundo tempo, o técnico Mário Sérgio voltou para o tudo ou nada. Fez três alterações na equipe e conseguiu incomodar.
Para manter a pegada no meio, Caio Júnior colocou Makelele na vaga de Michael, e o time voltou a controlar a partida.
A tática do Figueirense, então, foi quebrar o ritmo da partida. E conseguiu. Num lance duvidoso, Edmundo chegou a levar um cartão por chutar a bola, após marcação da arbitragem de impedimento.
Num contra-ataque, Peter, aos 23min, diminuiu em chute da entrada da área. O gol do adversário fez brotar nos jogadores e na torcida a velha síndrome de o time de entregar jogos fáceis dentro de casa.
A partir daí, toda bola na área do Palmeiras passou a ter conotação dramática, que aumentou quando Caio foi expulso nos minutos finais.
A partir daí, o Palmeiras se segurou para copnseguir deixar o campo com seis pontos em dois jogos pelo Brasileiro.


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