São Paulo, sexta-feira, 21 de maio de 2010

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COI veta projeto de Paes, que quer mudar sedes

Entidade pede planejamento original para Rio-16

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Uma saída diplomática evitou o choque público entre o COI (Comitê Olímpico Internacional) e a Prefeitura do Rio na primeira visita da Comissão de Coordenação de acompanhamento para a preparação da Olimpíada de 2016.
Apesar do desejo do prefeito Eduardo Paes de transferir três competições para a zona portuária, onde o município inicia projeto de revitalização, o COI vetou, mais uma vez, a proposta de forma discreta. Disse que a intenção não foi apresentada.
A comissão não cobrou pela demora na constituição da APO (Autoridade Pública Olímpica), responsabilidade das três esferas de governo. Afirmou estar satisfeita com os avanços, mas disse que espera ver o órgão, responsável por acompanhar as obras de infraestrutura, operando "o mais rápido possível".
No primeiro dia da visita dos membros do COI, Paes apresentou maquete na qual a vila onde ficarão hospedados os jornalistas, o centro de mídia e as sedes de boxe, badminton e tênis de mesa seriam transferidos para a zona portuária.
O presidente do comitê organizador da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, apresentou como alternativa uma proposta diferente, com "mais [mudanças] do que o prefeito propôs". Mas sem esportes na área central da cidade e sem o espaço para a imprensa credenciada.
Segundo Nuzman, iriam para a zona portuária parte das vilas de mídia e árbitros (áreas de hospedagem), os centros de mídia não credenciada, de tecnologia, de operações, de credenciamento, de estafe e voluntários, de logística e de distribuição de uniformes.
Paes queria transferir parte das instalações para a zona portuária para alavancar a revitalização da área. A prefeitura iniciou o projeto no ano passado, orçado em cerca de R$ 250 milhões. Mas ele depende também da iniciativa privada.
Embora afirmassem que o projeto da prefeitura não fora apresentado, os membros da comissão deixaram clara a resistência para mudar as sedes.
"A família olímpica quer o projeto conforme apresentado em Copenhague", disse Gilbert Felli, diretor-executivo do COI.


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