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COI veta projeto de Paes, que quer mudar sedes
Entidade pede planejamento original para Rio-16
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
Uma saída diplomática evitou o choque público entre o
COI (Comitê Olímpico Internacional) e a Prefeitura do Rio
na primeira visita da Comissão
de Coordenação de acompanhamento para a preparação da
Olimpíada de 2016.
Apesar do desejo do prefeito
Eduardo Paes de transferir três
competições para a zona portuária, onde o município inicia
projeto de revitalização, o COI
vetou, mais uma vez, a proposta
de forma discreta. Disse que a
intenção não foi apresentada.
A comissão não cobrou pela
demora na constituição da APO
(Autoridade Pública Olímpica),
responsabilidade das três esferas de governo. Afirmou estar
satisfeita com os avanços, mas
disse que espera ver o órgão,
responsável por acompanhar
as obras de infraestrutura, operando "o mais rápido possível".
No primeiro dia da visita dos
membros do COI, Paes apresentou maquete na qual a vila
onde ficarão hospedados os jornalistas, o centro de mídia e as
sedes de boxe, badminton e tênis de mesa seriam transferidos para a zona portuária.
O presidente do comitê organizador da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, apresentou como alternativa uma proposta
diferente, com "mais [mudanças] do que o prefeito propôs".
Mas sem esportes na área central da cidade e sem o espaço
para a imprensa credenciada.
Segundo Nuzman, iriam para
a zona portuária parte das vilas
de mídia e árbitros (áreas de
hospedagem), os centros de mídia não credenciada, de tecnologia, de operações, de credenciamento, de estafe e voluntários, de logística e de distribuição de uniformes.
Paes queria transferir parte
das instalações para a zona portuária para alavancar a revitalização da área. A prefeitura iniciou o projeto no ano passado,
orçado em cerca de R$ 250 milhões. Mas ele depende também da iniciativa privada.
Embora afirmassem que o
projeto da prefeitura não fora
apresentado, os membros da
comissão deixaram clara a resistência para mudar as sedes.
"A família olímpica quer o
projeto conforme apresentado
em Copenhague", disse Gilbert
Felli, diretor-executivo do COI.
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