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QUARTAS/ HOJE
Técnico se irrita com comentários sobre o time, que pega os EUA em mata-mata
Alemanha rebate críticas e já vê ida à final como realidade
ROBERTO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A ULSAN
Não é só Luiz Felipe Scolari que
está bastante incomodado com as
críticas a seu time.
O alemão Rudi Voeller cansou
de apanhar e decidiu tomar a
ofensiva nesta semana.
Sobrou para seu ex-colega de
seleção Thomas Berthold, que criticara o jogo da Alemanha contra
o Paraguai, nas oitavas-de-final.
"Há um ditado em italiano que
diz que você pode perder a chance
de ficar calado. Ele acaba de fazer
isso", afirmou Voeller.
Sobrou ainda para um outro
companheiro seu, o sul-coreano
Cha Bum-kun, que também achara o time alemão fraco. "Talvez ele
tenha tomado muita aspirina
quando jogou no Bayer Leverkusen", disse o técnico alemão -o
patrocinador do clube foi a primeira empresa a fabricar o medicamento. Voeller pediu desculpas
depois ao coreano, mas diz que o
mesmo não vale para Berthold.
"Tento manter o controle, mas
sou apenas um ser humano", explicou o treinador alemão.
Ele disse que ficou particularmente irritado quando viu o meia
Ballack navegando na internet e
lendo o que se publicava sobre a
seleção alemã. "Eu olhei por cima
do ombro dele e aquilo me deixou
louco", afirmou Voeller. "Franz
[Beckenbauer, ex-técnico da Alemanha" me avisou para não levar
em conta o que a imprensa diz e
me preocupar apenas em treinar
o time. Estou tentando."
Voeller cumpre na Ásia uma
aposta que se tornou comum nas
equipes que a Alemanha mandou
aos Mundiais: colocar ex-atletas
da seleção para comandar o time.
Nas quatro últimas Copas, foi
assim. E, à semelhança de Voeller,
os treinadores também haviam
conquistado o título mundial como jogadores antes de chegar à
seleção -casos de Franz Beckebauer, que esteve em 1986 e 1990,
e de Berti Vogts, que sentou no
banco em 1994 e 1998.
Desconsiderando o que acontecer hoje, ele caminha para comandar a equipe na próxima Copa também. O ex-atacante assumiu após a Eurocopa de 2000 e
assinou contrato até 2006 para
chefiar um projeto importante:
vencer o Mundial dentro de casa.
Com um time renovado, a seleção chegou desacreditada ao Japão. Muita gente duvidou até que
a equipe fosse capaz de superar a
primeira fase. A vaga para as
quartas-de-final surpreendeu os
próprios alemães. "Chegar à final
era um sonho, mas agora parece
realidade. Seria decepcionante se
não ficássemos entre os quatro",
diz Karl-Heinz Rummenigge, outro ex-atleta da seleção que agora
faz parte da comissão técnica.
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 8h30
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