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PERFIL
Xerife espanhol vive amor e ódio perto da despedida
DO ENVIADO A SEUL
Ao final da Copa, a seleção
da Espanha verá a despedida
de um atleta com quem tem
uma relação de amor e ódio.
O zagueiro Fernando Hierro,
34, faz o que não se espera de
um jogador da sua posição e
falha muitas vezes quando tem
que marcar, a sua obrigação.
Diferentemente do que ocorre com a maioria das equipes
de futebol, o maior artilheiro
da seleção espanhola é Hierro,
que joga seu quarto Mundial.
Nos três anteriores, fez gols,
mas não tirou a Espanha da lista de eternos perdedores -o
máximo que conseguiu, foi ir
às quartas-de-final, em 1994.
Criticado muitas vezes pela
lentidão, o jogador do Real
Madrid tem 29 gols pela Espanha, um a mais do que Raúl,
seu companheiro de clube.
Com os dois de agora, alcançou Butragueño e Zarra, que,
com cinco cada um, dividiam
a artilharia espanhola em Copas. Hierro é ainda o defensor
com mais gols por Mundiais.
Se novamente foi bem no
ataque (dois gols de pênalti),
Hierro também teve suas tradicionais falhas na marcação.
Nas oitavas-de-final, contra
a Irlanda, fez o pênalti que deu
o empate ao adversário no final, quando quase rasgou a camisa de um rival que observava a bola ainda longe da área.
Depois, na decisão por pênaltis, converteu o seu com a
habitual categoria e ajudou seu
país a não naufragar novamente de forma prematura.
"Dediquei tempo suficiente
da minha vida à seleção. É hora de sair e ficar só com o Real
Madrid", disse Hierro.
(PC)
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