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VÔLEI
Bom começo
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Os sinais indicam bons
tempos para a seleção feminina. No primeiro torneio que
disputou no ano, a equipe venceu
a Itália na final por 3 sets a 0 e ficou com o título. Melhor do que a
vitória foi que o Brasil jogou bem
e, pelo que tudo indica, Mari, a
revelação da última temporada,
será a oposta titular da seleção.
Quem acompanha vôlei sabe
que não há mistérios no time titular para os Jogos de Atenas: Valeskinha e Walewska no meio-de-rede; Érika e Virna nas pontas;
Fernanda no levantamento; Arlene como líbero. A única vaga que
ainda está aberta é a de oposto. A
briga está entre Leila, Elisângela,
Bia e Mari.
Mari, convocada pela primeira
vez para a seleção, largou na frente nessa disputa. Para começar, já
foi escalada para a final do torneio de Vale D'Aosta, na Itália. E
ela aproveitou bem a chance: foi
um dos destaques da vitória do
Brasil. Marcou 16 pontos, um a
menos do que Virna, a maior
pontuadora do jogo.
A vitória sobre as italianas é significativa. Há 15 dias, elas foram
campeãs da Volley Masters, na
Suíça. E o torneio não foi moleza.
Com exceção de Brasil, estavam
presentes todas as grandes seleções: China, Rússia, Estados Unidos e Cuba. As outras três participantes foram Alemanha, Japão e
Polônia.
O certo é que fica difícil explicar
o fenômeno Itália. O país nunca
tinha ganhado um grande título
no vôlei feminino. Para surpresa
geral, foi campeã mundial em
2002. Passou depois dois anos sem
resultados expressivos, conseguiu
a vaga para Atenas na repescagem, mas agora voltou a roubar a
cena. Dois dias antes da decisão
do título, o Brasil tinha jogado
uma vez com a Itália na fase de
classificação e perdido por 3 sets a
2. Um lembrete: as italianas estão
no grupo das brasileiras em Atenas. Uma vitória sobre elas será
importante para ficar em primeiro lugar e pegar um adversário
mais fraco nas quartas-de-final.
Aliás, esse jogo já está tirando o
sono do técnico José Roberto Guimarães. E não é para menos. O
Brasil caiu na chave mais fácil da
Olimpíada, mas isso pode não ser
uma vantagem. No cruzamento
das quartas-de-final, o adversário virá do grupo mais forte.
O que mais preocupa é que o
Brasil tem chances de enfrentar
Cuba ou Rússia nesse jogo único e
eliminatório. Essas duas seleções,
que não conseguiram grandes resultados na última temporada,
mostraram sinais de recuperação
na Volley Masters.
A seleção russa voltou a contar
com uma de suas principais atacantes: Lioubov Chachkova Sokolova . A última participação dela
na seleção tinha sido na conquista da medalha de prata nos Jogos
de Sydney. A Rússia volta a ser
uma das favoritas, ainda mais se
tiver também o retorno de Artamonova e Godina.
Na Suíça, as cubanas, com o retorno de Ana Fernandes, surpreenderam: venceram as russas
e fizeram um jogo duro com a Itália nas semifinais. Perderam por 3
sets e 2 e acabaram em quarto lugar na Volley Masters. E você sabe: Cuba não vai querer fazer feio
em Atenas -afinal é a atual tricampeã olímpica.
Os números da Liga
Nenhum outro jogador do mundo disputou tantas partidas pela Liga
Mundial como o levantador Maurício. Pelas estatísticas da federação
internacional, ele é o recordista. Ontem, na segunda vitória sobre
Portugal, completou 203 jogos. Maurício participou de 14 das 15 edições da competição. Só esteve ausente no torneio de 97, quando o
técnico da seleção era Radamés Lattari.
Mais números
O Brasil é o país que mais torcida tem levando aos ginásios em jogos
da Liga Mundial. Nas 14 edições anteriores, o total de público somou
1.060.927 torcedores. A média, por partida, foi 11.532 pessoas. Cuba é
a segunda colocada. Nas 13 Ligas que disputou, somou 904.987 torcedores, com uma média de 10.523 pessoas por jogo.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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