São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Itália só empata e flerta com fracasso

Contra Nova Zelândia, atuais campeões jogam mal e podem dar adeus se não vencerem na última rodada

Itália 1
Iaquinta, aos 29min do 1º tempo Nova Zelândia 1
Smeltz, aos 7min do 1º tempo LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Tanta pressão não fez bem à Itália. Ontem, contra a Nova Zelândia, deu tudo errado.
Ou quase tudo: não fosse pela marcação de um pênalti duvidoso, os atuais campeões do mundo poderiam ter deixado Nelspruit com uma derrota vexatória.
O resultado, empate em 1 a 1, não foi lá tão ruim: agora basta vencer a Eslováquia para avançar às oitavas de final. Catastrófica, mesmo, foi a atuação dos italianos. A defesa, porto seguro da Azzurra, falhou no gol dos neozelandeses. O sistema ofensivo mostrou de novo uma incrível apatia e ineficiência.
A Itália pode até se classificar se voltar a empatar. Para isso, torce para que o Paraguai vença a Nova Zelândia.
Essa situação foi vista na Copa de 1982, quando empatou seus três primeiros jogos (Polônia, Peru e Camarões) e, depois, deslanchou, eliminou o Brasil de Telê Santana e faturou o tricampeonato.
O técnico Marcello Lippi lembrou-se disso logo após o jogo de ontem. "Precisamos vencer a próxima partida. E poderemos nos classificar com três empates, como a equipe [italiana] na Espanha, em 1982", disse.
Mas, se quiser repetir o feito da equipe de Paolo Rossi, o time da Itália precisará melhorar rapidamente, e muito.
O jogo de ontem foi uma amostra do quão sofrida pode ser a terceira partida dos italianos, na quinta. Se não vencer os eslovacos e acabar eliminada, a Itália terá feito sua pior campanha na história das Copas do Mundo.
A seleção tetracampeã jamais terminou um Mundial sem conseguir ao menos uma vitória. Até aqui, tem dois empates. Campanha tão pífia assim os italianos tiveram pela última vez em 1966, na Copa da Inglaterra, quando foram eliminados com uma vitória e duas derrotas.
Fraca, também, foi a atuação de ontem de Fabio Cannavaro. Ídolo e um dos símbolos do time campeão em 2006, falhou em jogada aérea no gol de Smeltz, aos 7min do primeiro tempo.
Ainda na primeira etapa, o árbitro marcou pênalti duvidoso em De Rossi. Iaquinta bateu e evitou o pior.


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