São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Espanha espera Honduras ofensiva

Após derrota, técnico Del Bosque diz não se sentir pressionado e que prefere jogos intensos

FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO

Depois de perder para a Suíça na estreia na Copa, o técnico espanhol Vicente del Bosque espera que Honduras, apesar de no papel ser um time bem mais fraco, parta para cima de sua equipe.
A inesperada derrota no primeiro jogo maculou o favoritismo espanhol e agora obriga a equipe a vencer de qualquer forma hoje.
"Tenho certeza de que Honduras tentará aproveitar ao máximo as oportunidades", declarou Del Bosque, em entrevista concedida na véspera da segunda partida de sua seleção, no Ellis Park, em Johannesburgo.
Ele declarou que o fato de algumas equipes europeias fortes terem tido maus resultados nas primeiras rodadas prova o equilíbrio que existe no futebol de hoje. "Não é fácil ser superior", constatou.
Apesar da derrota para a Suíça, ele afirmou que continua se sentindo prestigiado, apesar de admitir as críticas.
"É difícil agradar a todo mundo. Mas eu sinto um apoio imenso. Claro que uma derrota nunca é fácil, mas não me sinto maltratado."
A Espanha poderá enfrentar o Brasil nas oitavas de final, dependendo da posição de classificação de cada um.
Del Bosque não citou especificamente a seleção de Dunga, mas disse que em certos momentos até gosta da pressão. "Esta é uma Copa do Mundo, não podemos relaxar. Eu prefiro essas partidas que são muito intensas."
Ele afirmou ainda que o fato de seus atletas terem participado de ligas nacionais e continentais até o mês passado não é desculpa para a má performance. "Esses jogadores são experientes e atuam juntos. Essas seleções nacionais às vezes parecem com clubes", declarou o técnico.

APOIO A DOMENECH
Em meio a uma das maiores crises da história do futebol francês, Raymond Domenech teve ontem como consolo o apoio de Del Bosque.
O espanhol reprovou a atitude do atacante Anelka, que bateu boca com o treinador francês e foi excluído da seleção de seu país, que está à beira da eliminação da Copa.
"Não é uma coisa muito edificante quando um jogador se rebela contra seu treinador. Eu lamento muito que isso tenha acontecido", afirmou Del Bosque.
O espanhol treinou Anelka no Real Madrid, em 1999 e 2000, e revelou que lá também houve um desentendimento com o atacante.
"Ele sempre foi muito profissional, com exceção de uma diferença de opiniões que tivemos", afirmou, sem dar detalhes sobre o caso.


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