São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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HANDEBOL

Seleção feminina luta por um tri inédito

Contra Cuba, equipe pode se tornar a primeira do país a vencer no Pan

Nenhuma modalidade coletiva do país conseguiu até hoje conquistar três medalhas de ouro em série na competição continental

DO ENVIADO AO RIO

A seleção brasileira de handebol feminino tem hoje, às 10h30, a chance de um feito inédito para as modalidades coletivas do país em Pans.
Com amplo favoritismo, o time enfrenta Cuba pelo ouro no Rio. Se triunfar, será a primeira equipe brasileira a subir ao lugar mais alto do pódio na competição por três edições seguidas -foi campeã em Winnipeg-99 e Santo Domingo-03.
Esportes com muito mais tradição, como o futebol masculino, foram, no máximo, bicampeões. O time de vôlei masculino nunca acumulou dois ouros seguidos no continental.
Nada mal para quem até Winnipeg nunca havia sentido o gosto de ouro e fazia quase sempre papel de figurante. E que no Rio só passeou até agora. Foram quatro vitórias, uma sobre Cuba na primeira fase, com saldo positivo de 87 gols, ou 50 a mais do que o registrado pelas caribenhas até agora.
As estatísticas também comprovam o domínio nacional. O Brasil faz gols em 71% das finalizações que tenta, recorde do torneio. Para Cuba, essa marca é de 64%. Mesmo tendo o melhor ataque (marcou 153 vezes), o time do técnico Juan Oliver não tem representantes na lista das quatro maiores goleadoras -o time distribui sua artilharia por todas as jogadoras. Nas estatísticas individuais, o Brasil se destaca mais nos fundamentos defensivos -a armadora Aline é a líder no bloqueio, com média de dois por jogo.
Como é praxe nos duelos entre os dois países, as brasileiras soltam farpas contra as rivais. "Elas batem mesmo. Se puderem machucar, não pensam duas vezes", disse Aline. "São folgadas, puxam, beliscam", reclamou Eduarda Amorim.
As brasileiras se disseram impressionadas com o porte físico das cubanas. Mas, pelos dados do Comitê Organizador do Pan, isso não fica tão evidente. Nenhuma cubana atinge 1,80 m. No caso brasileiro, seis atletas superam essa altura - Aline bate no 1,95 m.
Para atrair o público, os cartolas do handebol contam com o fato de a jornada de hoje não ter decisão envolvendo o Brasil em esportes coletivos.
No Riocentro, locais dos jogos do esporte, os confrontos envolvendo os times nacionais vêm enchendo as arquibancadas. Nas semifinais, contra a República Dominicana, houve confusão na entrada do ginásio.
No masculino, o Brasil decidirá o ouro contra a Argentina amanhã. A vaga foi conquistada ontem com uma vitória sobre o Uruguai por 28 a 16. Já os argentinos somente obtiveram a vaga na final após uma vitória suada sobre Cuba (30 a 29), conquistada na prorrogação.
Caso o Brasil triunfe, comemorará o bi no Pan.
Para as mulheres e para os homens, o título pan-americano vale vaga na Olimpíada de Pequim. (PAULO COBOS)


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