|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
HANDEBOL
Seleção feminina luta por um tri inédito
Contra Cuba, equipe pode se tornar a primeira do país a vencer no Pan
Nenhuma modalidade coletiva do país conseguiu até hoje conquistar três medalhas de ouro em série na competição continental
DO ENVIADO AO RIO
A seleção brasileira de handebol feminino tem hoje, às
10h30, a chance de um feito
inédito para as modalidades coletivas do país em Pans.
Com amplo favoritismo, o time enfrenta Cuba pelo ouro no
Rio. Se triunfar, será a primeira
equipe brasileira a subir ao lugar mais alto do pódio na competição por três edições seguidas -foi campeã em Winnipeg-99 e Santo Domingo-03.
Esportes com muito mais
tradição, como o futebol masculino, foram, no máximo, bicampeões. O time de vôlei masculino nunca acumulou dois
ouros seguidos no continental.
Nada mal para quem até
Winnipeg nunca havia sentido
o gosto de ouro e fazia quase
sempre papel de figurante. E
que no Rio só passeou até agora. Foram quatro vitórias, uma
sobre Cuba na primeira fase,
com saldo positivo de 87 gols,
ou 50 a mais do que o registrado pelas caribenhas até agora.
As estatísticas também comprovam o domínio nacional. O
Brasil faz gols em 71% das finalizações que tenta, recorde do
torneio. Para Cuba, essa marca
é de 64%. Mesmo tendo o melhor ataque (marcou 153 vezes),
o time do técnico Juan Oliver
não tem representantes na lista
das quatro maiores goleadoras
-o time distribui sua artilharia
por todas as jogadoras. Nas estatísticas individuais, o Brasil
se destaca mais nos fundamentos defensivos -a armadora
Aline é a líder no bloqueio, com
média de dois por jogo.
Como é praxe nos duelos entre os dois países, as brasileiras
soltam farpas contra as rivais.
"Elas batem mesmo. Se puderem machucar, não pensam
duas vezes", disse Aline. "São
folgadas, puxam, beliscam", reclamou Eduarda Amorim.
As brasileiras se disseram
impressionadas com o porte físico das cubanas. Mas, pelos
dados do Comitê Organizador
do Pan, isso não fica tão evidente. Nenhuma cubana atinge
1,80 m. No caso brasileiro, seis
atletas superam essa altura -
Aline bate no 1,95 m.
Para atrair o público, os cartolas do handebol contam com
o fato de a jornada de hoje não
ter decisão envolvendo o Brasil
em esportes coletivos.
No Riocentro, locais dos jogos do esporte, os confrontos
envolvendo os times nacionais
vêm enchendo as arquibancadas. Nas semifinais, contra a
República Dominicana, houve
confusão na entrada do ginásio.
No masculino, o Brasil decidirá o ouro contra a Argentina
amanhã. A vaga foi conquistada
ontem com uma vitória sobre o
Uruguai por 28 a 16. Já os argentinos somente obtiveram a
vaga na final após uma vitória
suada sobre Cuba (30 a 29),
conquistada na prorrogação.
Caso o Brasil triunfe, comemorará o bi no Pan.
Para as mulheres e para os
homens, o título pan-americano vale vaga na Olimpíada de
Pequim.
(PAULO COBOS)
Texto Anterior: Futebol: Sub-17 pega Equador de olho na semifinal Próximo Texto: Organização: Justiça volta a proibir entrada de alimentos Índice
|