São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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tempos difíceis

Com Muricy, São Paulo derrapa em seu estádio

Sob comando dele, time perdeu invencibilidade na Libertadores no Morumbi

Neste Brasileiro, equipe conquistou apenas 52% dos pontos disputados em casa, contra 80% na edição 2006, quando foi campeão


JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Houve um tempo em que enfrentar o São Paulo no Morumbi era tarefa ingrata para qualquer adversário. E o desempenho da equipe na Libertadores, culminando com os títulos de 1992 e 2005, conquistados sob os olhos fanáticos de milhares de torcedores, ratificou a fama do estádio são-paulino.
Mas, se antes o Morumbi metia medo, a situação começou a mudar sob a gestão técnica de Muricy Ramalho. E para pior.
E o ponto alto desta queda acontece neste Brasileiro. Dos oito jogos realizados em casa, foram três vitórias, dois empates e duas derrotas -Atlético-MG e Fluminense-, o que dá um aproveitamento pouco acima da média: 52,4% contra 80,7% do ano passado, quando ganhou o campeonato nacional por antecipação.
Para o técnico Muricy Ramalho, o problema tem de ser resolvido pelos próprios jogadores. "Os times sempre vêm jogar na defesa e os nossos atletas têm de aprender a sair da marcação", afirma o treinador, que, em quatro jogos em casa -considerando o clássico contra o Corinthians-, obteve somente 5 pontos de 12 possíveis (33,3% de aproveitamento).
Acuado, o técnico já enfrenta o descontentamento da torcida e de parte da diretoria.
Muricy Ramalho, no entanto, vem misturando sua trajetória no clube com a perda de marcas importantes, como a derrota para o Chivas na primeira fase da Libertadores do ano passado. O revés quebrou uma invencibilidade de 19 anos e 30 partidas sem derrota dentro de sua casa pelo mais nobre torneio sul-americano.
Mas uma outra baixa, pela mesma competição, foi ainda pior. Diante de um Morumbi lotado, o São Paulo caiu contra o Inter com outro 2 a 1 e não conseguiu reverter a vantagem no Sul para ficar com o título.
Para os atletas que tentam hoje resgatar a confiança junto à torcida, não adianta ficar no discurso. "Torcedor quer ver o time vencer. Falar e não fazer é igual a nuvem que não traz chuva", disse o volante Hernanes.


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