|
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
FUTEBOL
RODRIGO BUENO
@RodrigoBuenoESP
rodrigo.bueno@grupofolha.com.br
Ainda há tempo para redescobrir a América
CHEGA AO FIM mais uma
Copa América com os dez
países filiados à Conmebol
e dois convidados enfraquecidos das Américas do Norte
e Central.
E termina com o presidente da entidade que dirige o
futebol sul-americano apontando para uma óbvia, embora nunca tardia, união do
continente americano.
México, priorizando (?) a
Copa Ouro (?) e uma vaga
na Copa das Confederações
(?), e Costa Rica, pronta para qualquer parada, mandaram equipes sub-23 para
a disputa na América do Sul
que prometia ser a mais
legal da história, ainda mais
sem a presença comercial
do Japão (?).
Até hoje, só não saiu a lógica Copa América com 16
seleções, as dez do Sul e outras seis de cima (definidas
totalmente ou em parte por
torneio qualificatório), por
razões políticas tão idiotas
quanto nebulosas.
As últimas eleições (?)
presidenciais da Fifa mostraram o preço de vários dirigentes da Concacaf, e a
mídia britânica escancarou
a gula (?) dos principais cartolas sul-americanos.
Fazer uma competição
só, fundindo Copa América
e Copa Ouro, ganharia o poderoso mercado norte-americano, geraria mais dinheiro para Traffic, Full Play ou
quem quer que seja e seria
tecnicamente muito melhor,
com força total de todos os
participantes.
Seria, com tudo isso, uma
resposta muito mais honesta e decente à Eurocopa, que
namora já 24 seleções participantes, talvez um erro
ou uma mania de grande-
za europeia.
Mas meia dúzia de cartolas correriam o risco de perder votos e dinheiro sem seu
torneio regional de qualidade mais que discutível.
Quem sabe o presidente
da Conmebol, Nicolás Leoz,
neste momento em que o
mundo do futebol está mais
atento à transparência e
contestando velhas ditaduras, não tenha cedido à realidade afinal?
A globalização já é coisa
do passado, o Mercosul já
está velho e pequeno, e a
Copa América caminha
carente de mudanças que
a tornariam algo muito
maior e melhor.
A Libertadores conseguiu
se adaptar aos novos tempos sem perder seu estilo
próprio, sua veia desafiadora, sendo um perfeito espelho da Copa dos Campeões
com identidade tão única
quanto valiosa.
Não custa muito para que
a Copa América seja unificada, como são a Copa da Ásia
e a Copa da África.
A Pangeia dividiu os continentes, mas não separou
as três Américas, ligadas
ainda, mesmo que por um
pequeno Panamá.
Espero que, quando esta
coluna voltar de férias, já
tenham descoberto novamente a América, não a
América dos norte-americanos nem a América dos
latino-americanos, mas a
América de todos.
Texto Anterior: Tabárez não vê vice como um desastre Índice | Comunicar Erros
|