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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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FUTEBOL

Após sua negociação frustrada, meia faz gol e dá assistência na vitória de 2 a 0 sobre o Paysandu na Vila Belmiro

Diego deixa Santos na cola do Cruzeiro

José Patrício/Folha Imagem
O meia Diego festeja o segundo gol do Santos, que alcançou ontem sua 15ª vitória no Brasileiro


DA REPORTAGEM LOCAL

Diego não apenas continuou no Santos como também continuou conduzindo o Santos.
Ontem, o meia fez um gol e deu uma assistência na vitória de 2 a 0 sobre o Paysandu, resultado que deixou o time de Leão a só um ponto do líder Cruzeiro (52 a 51).
A frustrada transferência para o Tottenham, da Inglaterra, não afetou o desempenho de Diego, que deve seguir no clube até o final do Campeonato Brasileiro.
O Paysandu esteve melhor que o Santos durante boa parte do jogo de ontem, mas não conseguiu neutralizar o criador das ações ofensivas do adversário.
Diego deixou o companheiro Robinho na cara do gol na primeira etapa, mas o atacante, que voltou a atuar como titular, seguiu em sua fase infeliz -chutou fraco para a defesa de Carlos Germano.
Fábio Costa teve na primeira etapa mais trabalho que o goleiro do time paraense. Mas os jogadores do Paysandu falhavam seguidamente na finalização.
O maior susto que a equipe de Ivo Worthmann teve na etapa inicial foi quando Sandro caiu no chão e bateu a cabeça -ficou inconsciente alguns minutos e teve que ser substituído no intervalo.
A grande chance santista no primeiro período saiu de uma cobrança de falta do zagueiro André Luiz. Mesmo de longa distância ele arriscou um chute violento, que obrigou o ex-santista Carlos Germano a fazer uma plástica e difícil defesa. Os goleiros, assim, iam segurando o 0 a 0.
Na segunda etapa, os times voltaram a campo mais ousados. As chances foram criadas pelos dois times, mas o que tinha Diego levou a melhor. O meia bateu escanteio na medida para o zagueiro Alex abrir o marcador aos 17min de cabeça. Três minutos depois, Diego definiu o placar do jogo. Recebeu na entrada da área, se livrou do marcador e foi derrubado quase em cima da linha.
Na cobrança do pênalti, bateu com força na bola e comemorou com bastante entusiasmo demonstrando estar feliz em permanecer jogando na Vila Belmiro.
A partir daí, o jogo caiu de ritmo. O Paysandu, que esteve a ponto de abrir o placar no início do segundo tempo -Fábio Costa fez um milagre em um chute potente de Zé Augusto-, arriscou bem menos no ataque.
Em uma escapada solitária, os paraenses chegaram a descontar no final do jogo com um gol de Aldrovani, mas o juiz apontou impedimento e invalidou o lance -Aldrovani também pode ver seu time perder pontos no tapetão devido a uma possível irregularidade em seu contrato.
Outro pivô de caso no tapetão no Nacional também marcou sua presença na partida. O meia Jerri entrou no lugar do apagado Robinho, que pelo menos deixou o campo sob aplausos, tímidos, dos poucos torcedores presentes.
O Santos, tranquilo em campo -o STJD não deve mesmo tirar pontos do time por uso de atleta irregular-, nem chegou a reclamar muito quando Zé Augusto fez pênalti em Elano, o que poderia resultar no segundo gol de Diego na partida e em uma aproximação ao Cruzeiro no saldo de gols (critério de desempate).
O Santos volta a atuar agora na Vila Belmiro. Uma vitória contra o Flamengo e um tropeço do Cruzeiro, que jogará fora de casa, deixará a equipe da Vila Belmiro na liderança isolada da competição.


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