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Palmeiras, de novo com um a mais, "só" empata
Fernando Gomes/ Agência RBS
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Torcedores do Inter exibem faixa de comemoração do título da Libertadores, a qual faz alusão ao vice-campeonato nacional de 2005 |
Time reedita atuação da última rodada e fica no 1 a 1 com o Internacional no Sul
Internacional 1
Palmeiras 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Como no meio da semana
passada, o Palmeiras atuou
com um jogador a mais durante
um longo período, sem sucesso.
Como nos últimos nove anos,
a equipe saiu sem ganhar três
pontos no Beira-Rio, estádio
onde mais sofre no Brasileiro.
Como no período pré-Copa,
o time já convive com o espectro da zona do rebaixamento.
O empate em um gol com o
campeão continental em Porto
Alegre fez com que o Palmeiras
ampliasse sua invencibilidade
para agora oito rodadas, mas
reviveu antigos e recentes dissabores de sua atual campanha.
Com o resultado, a equipe de
Tite caiu uma posição na tabela. É agora a 13ª, apenas três
pontos à frente do time que hoje seria o primeiro rebaixado, o
Corinthians, 17º lugar, com 19.
E a equipe não pôde reclamar
da má sorte. No primeiro tempo, não finalizou nenhuma vez
na meta de Clemer. O Internacional, que jogou com o time titular, só chutou uma vez, aos
42min. Mas com perfeição. Em
belo lançamento de Perdigão,
Rafael Sobis arrematou forte,
na diagonal. E no fundo do gol.
Pode ter sido seu último tento pelo Inter, que está perto de
fechar sua venda ao Milan.
O gol foi seguido de um susto
para o Inter. Nos acréscimos do
primeiro tempo, Perdigão foi
expulso ao reclamar de um cartão amarelo após falta no meio-de-campo. Como no empate de
1 a 1 contra o Juventude, na última quinta, no Parque Antarctica, o Palmeiras se via em vantagem numérica. Somando as
duas partidas, o alviverde teve
83 minutos de 11 jogadores
contra 10 -e não conseguiu nenhuma das vitórias, deixando
escapar quatro pontos, que seriam suficientes para colocar a
equipe na oitava posição.
Perdigão deixou o gramado
falando em perseguição. "Ele [o
árbitro Evandro Rogério Roman] é da minha região. Não sei
se ele tem inveja de mim. O Edmundo disse coisas piores e
não aconteceu nada", afirmou
ele, um dos quatro que começaram a partida de ontem e que
não foram titulares na final da
Libertadores, na última quarta.
O Inter, que começou jogando no 4-4-2, sofreu pressão intensa no início do segundo
tempo. Com o meia chileno
Valdivia no lugar do zagueiro
Dininho, o Palmeiras largou o
3-6-1 -às vezes atuando no 3-5-2- e passou a usar dois jogadores de ligação, deixando Edmundo mais perto de Enílton, a
referência do ataque alviverde.
Aos 5min, Paulo Baier empatou após jogada da esquerda de
Michael e troca de passes entre
Marcinho e Enílton na área. O
Palmeiras teve duas chances de
virar antes mesmo dos 10min:
na primeira delas, Marcinho
chutou de longe e acertou o travessão. Depois, Edmundo isolou a bola com o gol livre.
O jogo, que no primeiro tempo foi tão frio quanto a temperatura no Beira-Rio, apenas
7C, esquentou. O Palmeiras
era mais incisivo. O Inter apostava nas arrancadas de Rafael
Sobis e nas finalizações de Fernandão. Chegou a fazer gol, em
cabeçada de Fabiano Eller
-anulado por impedimento.
A agressividade palmeirense,
em parte pela entrada de Valdivia, com boa movimentação, foi
desaparecendo aos poucos, assim como a volúpia gaúcha.
Tite demonstrou instatisfação com o resultado. "Se a bola
passasse dois dedos para o lado
ou para baixo, teria entrado.
Por muito pouco não ganhamos. Merecíamos ter vencido".
O Palmeiras recebe agora o
Fluminense na quarta-feira,
quando o Inter visita o Goiás.
Com colaboração da Agência Folha,
em Porto Alegre
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