São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006

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Palmeiras, de novo com um a mais, "só" empata

Fernando Gomes/ Agência RBS
Torcedores do Inter exibem faixa de comemoração do título da Libertadores, a qual faz alusão ao vice-campeonato nacional de 2005


Time reedita atuação da última rodada e fica no 1 a 1 com o Internacional no Sul

Internacional 1
Palmeiras 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Como no meio da semana passada, o Palmeiras atuou com um jogador a mais durante um longo período, sem sucesso.
Como nos últimos nove anos, a equipe saiu sem ganhar três pontos no Beira-Rio, estádio onde mais sofre no Brasileiro.
Como no período pré-Copa, o time já convive com o espectro da zona do rebaixamento.
O empate em um gol com o campeão continental em Porto Alegre fez com que o Palmeiras ampliasse sua invencibilidade para agora oito rodadas, mas reviveu antigos e recentes dissabores de sua atual campanha.
Com o resultado, a equipe de Tite caiu uma posição na tabela. É agora a 13ª, apenas três pontos à frente do time que hoje seria o primeiro rebaixado, o Corinthians, 17º lugar, com 19.
E a equipe não pôde reclamar da má sorte. No primeiro tempo, não finalizou nenhuma vez na meta de Clemer. O Internacional, que jogou com o time titular, só chutou uma vez, aos 42min. Mas com perfeição. Em belo lançamento de Perdigão, Rafael Sobis arrematou forte, na diagonal. E no fundo do gol.
Pode ter sido seu último tento pelo Inter, que está perto de fechar sua venda ao Milan.
O gol foi seguido de um susto para o Inter. Nos acréscimos do primeiro tempo, Perdigão foi expulso ao reclamar de um cartão amarelo após falta no meio-de-campo. Como no empate de 1 a 1 contra o Juventude, na última quinta, no Parque Antarctica, o Palmeiras se via em vantagem numérica. Somando as duas partidas, o alviverde teve 83 minutos de 11 jogadores contra 10 -e não conseguiu nenhuma das vitórias, deixando escapar quatro pontos, que seriam suficientes para colocar a equipe na oitava posição.
Perdigão deixou o gramado falando em perseguição. "Ele [o árbitro Evandro Rogério Roman] é da minha região. Não sei se ele tem inveja de mim. O Edmundo disse coisas piores e não aconteceu nada", afirmou ele, um dos quatro que começaram a partida de ontem e que não foram titulares na final da Libertadores, na última quarta.
O Inter, que começou jogando no 4-4-2, sofreu pressão intensa no início do segundo tempo. Com o meia chileno Valdivia no lugar do zagueiro Dininho, o Palmeiras largou o 3-6-1 -às vezes atuando no 3-5-2- e passou a usar dois jogadores de ligação, deixando Edmundo mais perto de Enílton, a referência do ataque alviverde.
Aos 5min, Paulo Baier empatou após jogada da esquerda de Michael e troca de passes entre Marcinho e Enílton na área. O Palmeiras teve duas chances de virar antes mesmo dos 10min: na primeira delas, Marcinho chutou de longe e acertou o travessão. Depois, Edmundo isolou a bola com o gol livre.
O jogo, que no primeiro tempo foi tão frio quanto a temperatura no Beira-Rio, apenas 7C, esquentou. O Palmeiras era mais incisivo. O Inter apostava nas arrancadas de Rafael Sobis e nas finalizações de Fernandão. Chegou a fazer gol, em cabeçada de Fabiano Eller -anulado por impedimento.
A agressividade palmeirense, em parte pela entrada de Valdivia, com boa movimentação, foi desaparecendo aos poucos, assim como a volúpia gaúcha.
Tite demonstrou instatisfação com o resultado. "Se a bola passasse dois dedos para o lado ou para baixo, teria entrado. Por muito pouco não ganhamos. Merecíamos ter vencido".
O Palmeiras recebe agora o Fluminense na quarta-feira, quando o Inter visita o Goiás.


Com colaboração da Agência Folha, em Porto Alegre


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