São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2007

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"O difícil é ensinar a imprensa", diz Dunga

Na França, técnico alfineta críticos, Ronaldinho e Kaká

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A MONTPELLIER

Com um treino hoje em Montpellier, local do amistoso contra a Argélia amanhã (às 13h30), Dunga dá início à sua segunda temporada no comando da seleção brasileira com os mesmos "incômodos" da primeira -a imprensa e os astros Ronaldinho e Kaká.
Ontem, ao desembarcar na cidade do sul da França, o gaúcho soltou farpas contra eles.
"A parte mais fácil é trabalhar com os jogadores. O difícil é ensinar a imprensa", disse o treinador ao fazer um balanço de seu primeiro ano no comando da equipe, que teve como ponto alto a conquista da Copa América da Venezuela.
Segundo ele, os críticos só pensam em "um ou dois jogadores", enquanto ele precisa analisar todo o grupo.
Apesar de ter dito recentemente que não guardou rancores do pedido de dispensa de Kaká e Ronaldinho na Copa América, o treinador, que não revelou o time que vai escalar contra os africanos, deu várias estocadas nos dois. Ambos não quiseram falar com a imprensa ontem depois da chegada da equipe, que teve a presença de cerca de 20 fãs -um cover argelino de Ronaldo desistiu de esperar e não estava entre eles.
"Todo jogador tem que começar do zero. A vida não é do passado, é do presente. Ninguém vai dar nada de graça para eles, como sempre foi em suas carreiras", afirmou Dunga ao comentar como encarava a volta dos medalhões à seleção.
O treinador voltou a afirmar que quem esteve na Copa América e foi bem vai continuar no time. Também falou que o mais importante não é o que os jogadores fazem nos clubes -enquanto Kaká e Ronaldinho são titulares indiscutíveis no Milan e no Barcelona, respectivamente, Júlio Baptista é reserva no Real Madrid.
"O que eles fazem sob o meu comando é mais importante", contou Dunga, que mostrou bom humor ao ouvir da assessoria de imprensa da confederação brasileira as estatísticas do time sob seu comando.
Pelos números da entidade, é contabilizado como empate o triunfo sobre o Uruguai nos pênaltis, após igualdade no tempo normal, na Copa América.
"Se a gente tivesse perdido [nos pênaltis], contariam aquele jogo como derrota."


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