|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"O difícil é ensinar a imprensa", diz Dunga
Na França, técnico alfineta críticos, Ronaldinho e Kaká
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A MONTPELLIER
Com um treino hoje em
Montpellier, local do amistoso
contra a Argélia amanhã (às
13h30), Dunga dá início à sua
segunda temporada no comando da seleção brasileira com os
mesmos "incômodos" da primeira -a imprensa e os astros
Ronaldinho e Kaká.
Ontem, ao desembarcar na
cidade do sul da França, o gaúcho soltou farpas contra eles.
"A parte mais fácil é trabalhar com os jogadores. O difícil
é ensinar a imprensa", disse o
treinador ao fazer um balanço
de seu primeiro ano no comando da equipe, que teve como
ponto alto a conquista da Copa
América da Venezuela.
Segundo ele, os críticos só
pensam em "um ou dois jogadores", enquanto ele precisa
analisar todo o grupo.
Apesar de ter dito recentemente que não guardou rancores do pedido de dispensa de
Kaká e Ronaldinho na Copa
América, o treinador, que não
revelou o time que vai escalar
contra os africanos, deu várias
estocadas nos dois. Ambos não
quiseram falar com a imprensa
ontem depois da chegada da
equipe, que teve a presença de
cerca de 20 fãs -um cover argelino de Ronaldo desistiu de
esperar e não estava entre eles.
"Todo jogador tem que começar do zero. A vida não é do
passado, é do presente. Ninguém vai dar nada de graça para
eles, como sempre foi em suas
carreiras", afirmou Dunga ao
comentar como encarava a volta dos medalhões à seleção.
O treinador voltou a afirmar
que quem esteve na Copa América e foi bem vai continuar no
time. Também falou que o mais
importante não é o que os jogadores fazem nos clubes -enquanto Kaká e Ronaldinho são
titulares indiscutíveis no Milan
e no Barcelona, respectivamente, Júlio Baptista é reserva no
Real Madrid.
"O que eles fazem sob o meu
comando é mais importante",
contou Dunga, que mostrou
bom humor ao ouvir da assessoria de imprensa da confederação brasileira as estatísticas
do time sob seu comando.
Pelos números da entidade, é
contabilizado como empate o
triunfo sobre o Uruguai nos pênaltis, após igualdade no tempo
normal, na Copa América.
"Se a gente tivesse perdido
[nos pênaltis], contariam aquele jogo como derrota."
Texto Anterior: Prévia: 4 irão a evento-teste para Pequim-2008 Próximo Texto: Zaga: Dupla são-paulina não tem garantia Índice
|