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Governo se mexe para Copa andar
Autoridades concluem que obras nas arenas públicas estão atrasadas
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
SÉRGIO RANGEL
DO RIO
Preocupado com o andamento das obras, o governo
federal pressiona as cidades-sedes para acelerar o início
das construções dos estádios
que terão jogos na Copa-14.
Com a proximidade do fim
do prazo para a liberação dos
financiamentos federais neste ano, que só serão disponibilizados até o dia 2 de setembro por conta da eleição,
membros da União, de bancos estatais e dos governos
estaduais se movimentaram.
E acertaram no início da
semana pacote para fechar
empréstimos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as arenas públicas.
São nove estádios que serão bancados pelo poder público. A maioria utilizará financiamento do BNDES -o
do Distrito Federal é exceção.
Em nota, o Ministério do
Esporte informou que na reunião ""o governo apresentou
preocupação quanto ao andamento das obras". Até então, o discurso era oposto. No
mês passado, o presidente
Lula censurou publicamente
o secretário-executivo da Fifa, Jérôme Valcke, que criticou a lentidão brasileira.
Lula disse que as pessoas
envolvidas no projeto do próximo Mundial ""não são idiotas" e que sabem os reais problemas a serem resolvidos.
O ministério informou
também que foi acertada
""uma adequação administrativa para priorizar a análise dos projetos apresentados
ao BNDES, na Caixa e na Secretaria do Tesouro".
Caso os empréstimos não
saiam até o próximo dia 2, o
dinheiro só será liberado em
janeiro. Sendo assim, o ritmo
das obras dificilmente seguirá o cronograma planejado.
A Fifa deu prazo até o final
de 2012 para os estádios estarem prontos. A estimativa de
arquitetos é a de que, em um
processo normal, a conclusão das arenas demore entre
dois anos e meio e três anos.
Ou seja, as obras já deveriam ter começado. E só três
arenas já tinham iniciado os
trabalhos, de fato, em julho.
Por determinação federal,
o BNDES dará prioridade aos
projetos das praças esportivas. A promessa é a de que o
banco estudará projetos e deve aprová-los até o dia 30.
"Nosso projeto já foi enquadrado. Há a promessa de
análise até o final do mês",
afirmou Silvio Bom Pastor,
um dos responsáveis pelo
projeto da arena do Recife.
Ceará, Bahia, Rio Grande
do Norte, Amazonas, Mato
Grosso e Rio também devem
ser beneficiados. No caso do
Mineirão, o empréstimo será
feito por uma empresa privada, vencedora da licitação.
Também deve ser dada
prioridade à análise de financiamentos para o entorno
dos estádios. Na questão de
mobilidade urbana, haverá
empréstimos da Caixa e do
Banco do Nordeste. Esses
bancos também foram orientados pelo governo a dar
prioridade à Copa-2014.
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