São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2010

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Governo se mexe para Copa andar

Autoridades concluem que obras nas arenas públicas estão atrasadas

RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Preocupado com o andamento das obras, o governo federal pressiona as cidades-sedes para acelerar o início das construções dos estádios que terão jogos na Copa-14.
Com a proximidade do fim do prazo para a liberação dos financiamentos federais neste ano, que só serão disponibilizados até o dia 2 de setembro por conta da eleição, membros da União, de bancos estatais e dos governos estaduais se movimentaram.
E acertaram no início da semana pacote para fechar empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as arenas públicas.
São nove estádios que serão bancados pelo poder público. A maioria utilizará financiamento do BNDES -o do Distrito Federal é exceção.
Em nota, o Ministério do Esporte informou que na reunião ""o governo apresentou preocupação quanto ao andamento das obras". Até então, o discurso era oposto. No mês passado, o presidente Lula censurou publicamente o secretário-executivo da Fifa, Jérôme Valcke, que criticou a lentidão brasileira.
Lula disse que as pessoas envolvidas no projeto do próximo Mundial ""não são idiotas" e que sabem os reais problemas a serem resolvidos.
O ministério informou também que foi acertada ""uma adequação administrativa para priorizar a análise dos projetos apresentados ao BNDES, na Caixa e na Secretaria do Tesouro".
Caso os empréstimos não saiam até o próximo dia 2, o dinheiro só será liberado em janeiro. Sendo assim, o ritmo das obras dificilmente seguirá o cronograma planejado.
A Fifa deu prazo até o final de 2012 para os estádios estarem prontos. A estimativa de arquitetos é a de que, em um processo normal, a conclusão das arenas demore entre dois anos e meio e três anos.
Ou seja, as obras já deveriam ter começado. E só três arenas já tinham iniciado os trabalhos, de fato, em julho.
Por determinação federal, o BNDES dará prioridade aos projetos das praças esportivas. A promessa é a de que o banco estudará projetos e deve aprová-los até o dia 30.
"Nosso projeto já foi enquadrado. Há a promessa de análise até o final do mês", afirmou Silvio Bom Pastor, um dos responsáveis pelo projeto da arena do Recife.
Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Amazonas, Mato Grosso e Rio também devem ser beneficiados. No caso do Mineirão, o empréstimo será feito por uma empresa privada, vencedora da licitação.
Também deve ser dada prioridade à análise de financiamentos para o entorno dos estádios. Na questão de mobilidade urbana, haverá empréstimos da Caixa e do Banco do Nordeste. Esses bancos também foram orientados pelo governo a dar prioridade à Copa-2014.


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