São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011

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Uefa investigará patrocínio de xeque

INGLÊS Acordo entre árabe e Manchester City, estimado em R$ 1 bilhão, é criticado por rivais

DE SÃO PAULO

A Uefa determinou que o acordo bilionário entre o Manchester City e o xeque Mansour bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, dos Emirados Árabes, seja investigado em seu painel para fair play (jogo limpo) financeiro.
O negócio, em formato de naming rights (direito de comercialização do nome da arena) para o estádio e centro de treinamento do time, não teve o valor divulgado.
Mas a imprensa britânica estipula que £400 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) serão empregados pelo árabe.
O time inglês, que já é de propriedade de Mansour, ostentaria em seus recintos por dez anos o nome da companhia aérea Etihad, cujo dono também é xeque. A empresa estampa sua marca na camisa do time e paga cerca de R$ 6 milhões por isso.
O projeto do centro de treinamento contempla uma academia para 400 atletas, 16 campos de futebol, e até um pequeno estádio com capacidade para 7.000 pessoas.
Garry Cook, executivo do clube, disse considerar este um dos maiores empreendimentos do futebol mundial.
De acordo com Jean-Luc Dehaene, chefe do painel de controle financeiro dos clubes da Uefa, o acordo transgride as novas regras de fair play financeiro da entidade.
A partir de 2013-2014, a federação analisará o balanço operacional de seus clubes. Aqueles que apresentarem uma diferença, ainda que superavitária, superior a £40 milhões (R$ 100 milhões) nas duas temporadas anteriores terá de dar explicações.
"Se entendermos que os clubes estão procurando brechas para não respeitar as regras, nós vamos agir. Não basta dizer que tem um contrato de patrocínio e tudo bem", completou Dehaene.
O novo centro de treinamento do Manchester City gerou críticas até dos rivais. O francês Arsene Wenger, treinador do Arsenal, pediu que a Uefa avaliasse o caso.

Com as agências internacionais


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