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Brasil não tem dados que liguem doentes à atuação nos gramados
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil não possui pesquisas
científicas que mostrem ligação entre Esclerose Lateral
Amiotrófica e futebol. Um dos
entraves é a dificuldade para se
encontrar informações sobre
ex-jogadores. O atleta mais conhecido que passou pelos gramados nacionais e foi vítima de
ELA é Krzysztof Nowak, de origem polonesa, que jogou pelo
Atlético-PR nos anos 90.
Também não existem estatísticas tão gritantes no Brasil
que liguem a causa da doença à
prática esportiva. A hipótese,
no entanto, é uma das estudadas como causa da ELA. Nos
EUA, a enfermidade é conhecida como doença de Lou Gehrig,
em alusão a um célebre jogador
de beisebol dos anos 20 e 30.
"Na atividade física intensa,
você cria micronecroses nos
músculos que liberam substância que o nervo pega e leva até o
cérebro, contra a corrente. Ela
se transforma em glutamato,
que é tóxico", afirmou Acary
Souza Bulle Oliveira, professor
de neurologia da Unifesp/EPM
e membro titular da Academia
Brasileira de Neurologia.
Na ilha de Guam, no Pacífico,
perto das Filipinas, o número
de casos é cem vezes maior que
a média. Isso chamou a atenção
dos cientistas, que descobriram
que habitantes da região, os
chamorros, comiam uma fruta
rica em glutamato e morcegos
que se alimentavam do fruto.
Os pesquisadores concluíram
que atletas expostos a atividades intensas e os chamorros teriam predisposição à ELA.
O médico diz que existem
também pesquisas sobre o efeito dos traumas das cabeçadas.
Mas, apesar de existirem casos
em zagueiros, a predominância
é de meias e alas, que cabeceiam menos e correm mais.
"No boxe também não observamos essa ligação", afirmou.
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