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Em seu retorno, Ronaldo conhece lado raivoso da Fiel
DA REPORTAGEM LOCAL
Ronaldo voltou para liderar o
Corinthians em busca do título
do Brasileiro. Na reestreia, não
fez o time decolar. E ainda conheceu um outro lado da torcida corintiana. Pela primeira
vez com o camisa 9 em campo,
o time levou vaias pelo mau desempenho em uma partida.
Ronaldo não chegou a ser
vaiado, foi aplaudido em alguns
momentos, pelo esforço de
buscar uma bola na linha de
fundo ou por uma dividida mais
forte com os adversários.
Mas viu a torcida impaciente
até com ele, por erros de passe
ou por algumas tentativas de
drible malsucedidas.
A má atuação transformou o
humor do camisa 9. Antes do
início do jogo, ele se dizia "com
saudades de tudo, da torcida."
Depois, o discurso, em tom
irritadiço, foi outro. "Isso aqui
não abala em nada. Nós já conquistamos nosso objetivo. Os
outros times, que não ganharam nada neste ano, é que têm
que correr atrás do objetivo."
Os 4 a 1 para o Goiás frustraram o que era para ser uma extensão da festa pré-jogo que a
torcida fez para receber de volta seu maior astro.
O Pacaembu, lotado como há
muito não ocorria. Mais de 33
mil pessoas pagaram ingresso
para ver a volta do artilheiro.
Para conter a ansiedade de
rever o ídolo em ação no campo, a torcida se distraía com pequenas satisfações, como a comemoração pelo empate do arquirrival São Paulo com o Santo André e a animação -com
tom de celebração de gol- pela
confirmação no placar eletrônico da presença do camisa 9
como titular depois de quase
dois meses fora.
Ao entrar no gramado do Pacaembu, Ronaldo foi cercado
por crianças. De longe era o
mais assediado pelos pequenos
corintianos que queriam acompanhá-lo até o meio do campo.
Visualmente, o Fenômeno
chamava a atenção por dois aspectos: pela proteção feita com
espuma e ataduras na mão esquerda e pelo peso.
A barriga levantava a camisa
branca corintiana, estrategicamente deixada para fora do calção, e denunciava a ineficácia
da lipoaspiração pela qual o jogador passou quando também
teve de operar a mão.
Os pouco mais de dois quilos
retirados pelo procedimento
cirúrgico aparentavam já ter sido recuperados pelo atacante
durante seu período de inatividade profissional.
No primeiro tempo, Ronaldo
foi mais um expectador do que
um jogador. Passou a maior
parte do tempo parado entre os
três zagueiros do Goiás.
O segundo tempo teve Ronaldo mais ativo. Foi dele a cobrança de falta que bateu no
travessão e deu início ao lance
que culminou no único gol do
Corinthians na partida.
Ficou a esperança de ele repetir o que fizera na sua volta
ao futebol, no início do ano. No
primeiro jogo, muita badalação, mas nada. No segundo, um
clássico, veio o gol.
O próximo duelo? Ronaldo
joga um clássico (contra o São
Paulo). E justamente depois da
volta, sem nada.
(PGA)
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