São Paulo, segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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Em seu retorno, Ronaldo conhece lado raivoso da Fiel

DA REPORTAGEM LOCAL

Ronaldo voltou para liderar o Corinthians em busca do título do Brasileiro. Na reestreia, não fez o time decolar. E ainda conheceu um outro lado da torcida corintiana. Pela primeira vez com o camisa 9 em campo, o time levou vaias pelo mau desempenho em uma partida.
Ronaldo não chegou a ser vaiado, foi aplaudido em alguns momentos, pelo esforço de buscar uma bola na linha de fundo ou por uma dividida mais forte com os adversários.
Mas viu a torcida impaciente até com ele, por erros de passe ou por algumas tentativas de drible malsucedidas.
A má atuação transformou o humor do camisa 9. Antes do início do jogo, ele se dizia "com saudades de tudo, da torcida."
Depois, o discurso, em tom irritadiço, foi outro. "Isso aqui não abala em nada. Nós já conquistamos nosso objetivo. Os outros times, que não ganharam nada neste ano, é que têm que correr atrás do objetivo."
Os 4 a 1 para o Goiás frustraram o que era para ser uma extensão da festa pré-jogo que a torcida fez para receber de volta seu maior astro.
O Pacaembu, lotado como há muito não ocorria. Mais de 33 mil pessoas pagaram ingresso para ver a volta do artilheiro.
Para conter a ansiedade de rever o ídolo em ação no campo, a torcida se distraía com pequenas satisfações, como a comemoração pelo empate do arquirrival São Paulo com o Santo André e a animação -com tom de celebração de gol- pela confirmação no placar eletrônico da presença do camisa 9 como titular depois de quase dois meses fora.
Ao entrar no gramado do Pacaembu, Ronaldo foi cercado por crianças. De longe era o mais assediado pelos pequenos corintianos que queriam acompanhá-lo até o meio do campo.
Visualmente, o Fenômeno chamava a atenção por dois aspectos: pela proteção feita com espuma e ataduras na mão esquerda e pelo peso.
A barriga levantava a camisa branca corintiana, estrategicamente deixada para fora do calção, e denunciava a ineficácia da lipoaspiração pela qual o jogador passou quando também teve de operar a mão.
Os pouco mais de dois quilos retirados pelo procedimento cirúrgico aparentavam já ter sido recuperados pelo atacante durante seu período de inatividade profissional.
No primeiro tempo, Ronaldo foi mais um expectador do que um jogador. Passou a maior parte do tempo parado entre os três zagueiros do Goiás.
O segundo tempo teve Ronaldo mais ativo. Foi dele a cobrança de falta que bateu no travessão e deu início ao lance que culminou no único gol do Corinthians na partida.
Ficou a esperança de ele repetir o que fizera na sua volta ao futebol, no início do ano. No primeiro jogo, muita badalação, mas nada. No segundo, um clássico, veio o gol.
O próximo duelo? Ronaldo joga um clássico (contra o São Paulo). E justamente depois da volta, sem nada. (PGA)


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