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Brasil testa estratégia de Ricardinho
Time aposta na velocidade do levantador, que treina com passe ruim, para surpreender Alemanha no Mundial de vôlei
Alemães, que têm no saque forçado e no bloqueio suas principais armas, devem impor dificuldades à equipe, que não pode mais perder
DA REPORTAGEM LOCAL
Ricardinho já apostava na estratégia. A comissão técnica da
seleção encampou a idéia. E a
tática se transformou em uma
das surpresas do Brasil para o
Mundial de vôlei do Japão. O time só não esperava ter de testá-la em um jogo vital tão cedo.
Contra a Alemanha, às 3h de
amanhã, os brasileiros enfrentarão saques potentes e bloqueios altos. Para superá-los,
só muita velocidade no ataque.
Aí entra Ricardinho. Durante
a preparação para o torneio, o
levantador treinou para armar
jogadas rápidas mesmo com o
passe ruim. Deu certo.
Agora, a nova tática terá seu
primeiro grande teste na prática. Após a derrota para a França, a seleção ficou em situação
complicada. Um novo revés pode comprometer suas chances
de classificação às semifinais.
O Brasil vai carregar para a
segunda fase os resultados obtidos agora no Grupo B -a vaga
na próxima etapa poderia ser
conquistada nesta madrugada,
contra a Austrália.
"A Alemanha é um time alto.
Por isso, baseia seu jogo no saque e no bloqueio. Eles quebram o passe adversário e bloqueiam em seguida", afirmou o
técnico Bernardinho.
"Para fugir da marcação do
bloqueio deles, temos de jogar
com velocidade. Isso vai dificultar um pouco o trabalho dos
alemães", completou André
Nascimento, maior pontuador
da seleção, com 48 acertos.
Geralmente, quando recebem um passe ruim, os levantadores apelam para as bolas altas, nas pontas, mais fáceis de
serem armadas, e também de
serem bloqueadas.
Se conseguir "consertar" o
passe brasileiro, Ricardinho
pode variar as ações e imprimir
velocidade, dificultando a marcação do bloqueio adversário.
Os principais comparsas do
levantador nessa estratégia são
Dante e André Nascimento.
"Nossos atacantes têm capacidade para acompanhar o ritmo que o Ricardinho imprime", afirmou o assistente técnico Ricardo Tabach, que apontava a tática como uma das
principais surpresas do Brasil
no Mundial do Japão.
A principal missão dos atacantes brasileiros será driblar
Hübner Stefan, até ontem o
melhor bloqueador do campeonato. O jogador de 31 anos e 2 m
chegou a trocar a quadra pela
praia por causa das freqüentes
contusões, mas retornou à seleção e ao posto de destaque.
Além de Hübner, os alemães
têm Ralph Bergmann em quarto lugar na lista de bloqueadores. O Brasil só aparece com
Gustavo na 22ª posição.
Até ontem, a seleção da Alemanha liderava o Grupo B, à
frente da França.
NA TV - Brasil x Alemanha
Sportv e Globo, às 3h de amanhã
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