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VÔLEI
Campeão mundial não consegue fechar acordo para poder jogar pelo Banespa
Suzano cessa negociação e irá à Justiça contra Giovane
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A equipe de Suzano decidiu encerrar as negociações para o pagamento da multa de rescisão de
contrato de Giovane e quer agora
acionar o atacante na Justiça.
Na manhã de ontem, a advogada do clube paulista, Paula Florentino de Barros Duque, participou de uma reunião com o atacante e seus representantes, mas
não houve um acordo.
"Não dava mais para arrastar
essa situação. Não recebemos
uma proposta aceitável e decidimos discutir o assunto judicialmente", disse a advogada à Folha
no fim da tarde de ontem.
Segundo ela, ainda não está definida que tipo de ação será movida por Suzano contra o jogador, o
que deve acontecer apenas em janeiro porque o ano está no final.
O clube deve tentar obter o pagamento da rescisão contratual do
atacante -ele tinha compromisso com o clube até o fim da temporada- e também pedir indenização por perdas e danos.
A advogada diz que a decisão foi
tomada após a negativa de pagamento da multa de rescisão contratual pelo Banespa e de proposta "inviável" feita por Giovane.
Segundo o gerente de vôlei do
Banespa, José Montanaro Jr., a
negociação estava sendo feita
apenas entre Giovane e Suzano,
sem a participação do banco.
No entanto, na terça-feira, o
presidente da CBV, Ary da Graça
Filho, reuniu-se com diretores do
Banespa, em São Paulo, para intervir no caso e tentar um acordo.
O imbróglio envolvendo a
transferência do jogador do Suzano para o Banespa começou no
fim do mês passado. O ponta, que
tinha contrato até o final da temporada com o Suzano, assinou
com o novo clube e entrou na Justiça para obter sua liberação.
No último dia 5, mesma data de
sua apresentação no Banespa,
chegou à CBV um ofício da 1ª Vara de Trabalho de Suzano informando a rescisão do contrato do
atacante com seu ex-time.
A decisão, assinada pelo juiz
Paulo José Ribeiro Mota, afirma
que "foi concedida tutela antecipada para que seja desconsiderado o vínculo desportivo mantido
entre Giovane Farinazo Gavio e o
Esporte Clube União Suzano a
partir de 25/11/2002".
Giovane já está inscrito na Superliga pelo Banespa, mas não
tem condições de jogo. Esta deveria ser dada por seu ex-clube.
Segundo o coordenador de vôlei de quadra da CBV, Radamés
Lattari, a ação de Giovane na Justiça comum infringe os códigos
de ética e conduta da CBV, mas
não soube dizer se pode acarretar
em punições ao jogador.
Ele também não soube informar se a entidade irá acatar a ordem judicial e dar condições de
jogo ao atacante.
Procurados pela Folha, Giovane
e seu procurador, Ricardo Andrew, não responderam aos recados deixados pela reportagem.
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