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PRANCHETA DO PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
As escolhas de Luxemburgo
O EMPRESÁRIO Luís
Alberto de Oliveira,
da L.A. Sports -empresa parceira do Avaí-, explicou um dos motivos para
escolher o Atlético-MG como
destino do meia Muriqui.
"Trabalhar com o Vanderlei é,
sim, uma das razões. Muitos
jogadores viveram seus melhores dias com o técnico do
Atlético", completou.
A razão exata para Muriqui
jogar no Atlético-MG é financeira. O Palmeiras não pagaria nada por um ano de empréstimo, o Galo pagou mais
caro. Mas a transferência evidencia que ainda há casos em
que a fama do ex-melhor técnico do Brasil e, quem sabe,
futuro interfere nos negócios.
Keirrison trocou o Coritiba
pelo Palmeiras pela mesma
razão. Seis meses depois, deixou o Parque Antarctica para
jogar na Europa já sem a mesma boa impressão que o levou
a se vestir de verde.
A decepção do centroavante, hoje no Benfica, tem a ver
com inúmeros negócios malfeitos por Luxemburgo.
Uma das funções mais importantes de um técnico é conhecer os atletas ao receber
indicações ou para ele próprio
indicá-los. Na saída do zagueiro Henrique para o Barcelona,
em 2008, Luxemburgo tinha
o nome certo para a substituição: Gladstone. No mesmo
ano, recusou Rever. Para o
Palmeiras, indicou Roque Júnior. Foi um fracasso. A lista
pode prosseguir com Jumar,
no Palmeiras, Pedrinho, Vítor
Júnior, Émerson, Adoniran e
André Belezinha, no Santos.
Roque Júnior é o grande
exemplo de como Luxemburgo já teve indicações brilhantes, muito mais do que as
atuais. Em 1996, quando ninguém conhecia o zagueiro
contratado do São José por
sua observação, Luxemburgo
costumava dizer: "Este vai ser
zagueiro de seleção brasileira". Tinha razão.
O mesmo vale para o volante Rogério, campeão da Libertadores de 99, para o atacante
Ewerthon, do Corinthians e
de tanto sucesso na Europa na
década que está acabando, para Ronaldinho Gaúcho, a
quem, afinal, foi Luxemburgo
quem primeiro convocou para a seleção brasileira.
No Galo, além de Muriqui,
sua primeira indicação é o zagueiro Campos, da LDU. Bom
zagueiro. O sucesso ou o fracasso de suas indicações pode
ser o primeiro indício para saber se Luxemburgo, em 2010,
voltará a ser quem foi.
MELHOR E DECISIVO
Messi tem tudo para ser
eleito o melhor jogador do
mundo de 2009. Título que
vem amadurecendo há tempos, na mesma velocidade do
atleta. Para quem acha que
Messi decide pouco, cito dois
gols: o segundo ante o Manchester na final da Copa dos
Campeões e o do título mundial contra o Estudiantes.
O QUINTO MELHOR
Kaká corre o risco de ficar
em sua pior colocação desde
2007. Pode ser o quinto do
mundo, considerando o sucesso de Xavi e Iniesta no
ano e o fato de Cristiano Ronaldo ter levado o Manchester à final da Copa dos Campeões. Kaká tem uma arma
para voltar a ser o melhor do
mundo, em 2010: a Copa.
O GRANDE ARMADOR
Xavi foi importantíssimo para o Barcelona vencer o
Mundial de Clubes em Abu Dhabi. O jogador espanhol
também foi o melhor em campo na última decisão da
Copa dos Campeões, contra o Manchester United, em
Roma. A dificuldade do atleta da equipe catalã para ser
eleito o melhor jogador do mundo é o fato de organizar,
não ser um grande finalizador nem um artilheiro. Não
são apenas zagueiros e goleiros as vítimas do preconceito.
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