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DOPING
Em discurso anual, presidente diz que profissionais dão mau exemplo
Bush pede que atletas dos EUA se livrem das drogas
DA REPORTAGEM LOCAL
No mais importante pronunciamento anual da política americana, o tradicional discurso do
Estado da União, o presidente dos
EUA, George W. Bush, atacou o
uso de drogas, especialmente esteróides, por atletas de seu país.
No pronunciamento, na madrugada de ontem, Bush, que discorria sobre o perigo das drogas
para as crianças americanas, afirmou que alguns atletas profissionais "não estavam dando um
bom exemplo para os jovens, utilizando drogas que aumentam a
performance, como os esteróides,
que podem aumentar os músculos e a resistência física, mas têm
perigosos efeitos colaterais".
Em 2003, o uso de substâncias
proibidas causou sérios problemas para a credibilidade do esporte, principalmente nos EUA.
Bush convocou donos de times,
técnicos e jogadores a ajudar a
combater as drogas. "Vocês têm
de ser duros e se livrar dos esteróides agora."
O presidente citou o uso de esteróides no beisebol e no futebol
americano. Entidades como a
Wada (Agência Mundial Antidoping) vivem às turras com federações e ligas de várias modalidades
esportiva nos EUA, consideradas
permissivas em suas regras de
controle de dopagem. A Wada
chegou a sugerir ao COI (Comitê
Olímpico Internacional) a imposição de sanções aos EUA.
Para John Walters, diretor do
Escritório da Casa Branca de Política Nacional de Controle de Drogas, a inclusão do tema no discurso está relacionada ao envolvimento pessoal do presidente com
o beisebol. "Ele está preocupado
com isso porque é ruim para os
jogadores, para o esporte e para
os jovens. Isso não é uma responsabilidade governamental."
O ano de 2003 foi atribulado para o controle de dopagem em todo o mundo, especialmente com
relação a atletas dos EUA.
Em abril, um escândalo envolveu Wade Exum, ex-diretor de
controle de drogas do Usoc, o comitê olímpico do país. Wade denunciou a liberação de cem atletas
para competir nos Jogos Olímpicos mesmo após testarem positivo no antidoping. Nomes como o
de Carl Lewis estavam na lista.
Depois, houve casos como o de
Mickey Grimes, ganhador nos 100
m no Pan-Americano, que testou
positivo para efedrina, e a velocista Kelli White, flagrada com modafinil após ganhar os 100 m e 200
m no Mundial de Atletismo.
O pior caso, no entanto, foi o de
uma nova droga, o THG. Várias
federações e ligas passaram a fazer controle da substância, que foi
proibida pela FDA (a agência
americana de alimentos e medicamentos). Dezenas de atletas no
mundo foram flagrados. Na NFL,
por exemplo, quatro atletas do
Oakland Raiders testaram positivo para o THG.
Com agências internacionais
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