Acompanhando o desfecho da quase venda do craque, colunista se candidata a ser amigo virtual do velho Cacá

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O ASSUNTO não poderia ser outro, claro: Kaká. Demorei a entrar para valer na cobertura da quase transferência do craque do Milan para o Manchester City, mas tive a honra de acompanhar ""de perto" os momentos finais do histórico ""fico" do ex-melhor do planeta.
Para começar a segunda, pintou a informação, que precisava ser checada. Kaká, amigo de MSN de um outro craque, teria escrito para o colega contando que iria sim para o Manchester City, mas no meio do ano. Essa informação pintou de manhã (não foi confirmada/publicada).
Não faz nem um ano que aderi ao MSN. Sou avesso a muita coisa nova em termos tecnológicos, mas é impressionante como as relações (e as informações) mudaram hoje em dia.
Muita gente deve achar que mudou para pior, porém, apesar de ser um analfabeto eletrônico, entendo que devemos nos enquadrar nos tempos modernos. Quando entrei na Folha, não havia internet nem no jornal.
Imagine hoje cobrir futebol internacional sem acesso à grande rede.
Bom, voltando ao Kaká. Ele está cercado hoje, profissionalmente, de pessoas de confiança. Basta dizer que o procurador dele é o próprio pai, não mais Wagner Ribeiro, agente que ""antecipou" domingo na TV Gazeta que Kaká iria para o Manchester City devido ao ""projeto" do clube. Pelo jeito, Ribeiro nunca teve afinidade nem conheceu mesmo o jovem que teve a sorte de abraçar no início da carreira.
Não tenho muitas das convicções de Kaká, mas a recusa dele diante da gorda oferta de um time de bom porte e promissor da Premier League e da disposição do Milan (o esperto e oportunista Berlusconi incluído) em negociá-lo é algo singular. Há quem goste e há quem odeie a figura do Kaká, não é de agora. O fato é que ele é diferente, como pessoa. Se já estava na história do Milan e do futebol, escreveu nova e digna página num dos maiores clubes do mundo e num dos esportes que mais bem pagam suas estrelas.
Acompanhei a carreira de Kaká desde o início e tive a sorte de conhecer o Cacá, o Ricardo Izecson. Eu curtiria ser amigo dele no MSN.

RONALDINHO NA DÉCADA
Metade dos leitores que escreveram para a coluna para responder quais seriam os dois melhores jogadores entre 2001-2010 apontaram o gaúcho do Milan no nobre Top 2.

KAKÁ NA DÉCADA
O segundo mais votado foi Kaká, que teve 25% da preferência. Na verdade, o índice seria maior, pois tem gente que votou em Ronaldinho e colocou Kaká como segunda opção. Messi (16,6%) e Raúl (8,3%) também foram votados. Confesso ainda estar em dúvida, mas, após a recusa do Kaká, acho que ele ganhou bons pontos para ser Top 2. Hoje, vou com o povo: Ronaldinho e Kaká. Em 2010, falamos de Messi.

rodrigo.bueno@grupofolha.com.br


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