São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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MEMÓRIA

CPI revelou que técnico escondeu verba da Receita

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O relatório final da CPI do Futebol apontou que o técnico Vanderlei Luxemburgo tinha rendimentos maiores do que seus salários em clubes e na seleção. A Comissão fez devassa no futebol brasileiro em 2000, sendo o treinador e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, dois de seus principais alvos.
Sobre o técnico, ficou comprovada a diferença entre o dinheiro que ele movimentou e o que declarou à Receita Federal.
Em uma das investigações, o treinador afirmou ter dado cheque de R$ 200 mil para Edmundo. Na ocasião, afirmou que fez empréstimo ao jogador. Não era, porém, um dos cheques cobrados pelo atacante, pois foi usado em 1998.
Na Comissão, Renata Moura Alves, que se dizia ex-funcionária do treinador, afirmou que ele recebia comissões por indicar atletas em clubes. Negadas por Luxemburgo, as acusações nunca foram comprovadas.
Mas a CPI constatou que o treinador recebeu R$ 18,9 milhões em suas contas, de 1995 a 1999. Nesses anos, foram declarados só R$ 8,5 milhões.
Depois, o Ministério Público Federal moveu ação criminal por sonegação fiscal contra o treinador. Ele admitiu a dívida, evitando uma punição. Agora está pagando o débito.
Outro processo movido por procuradores contra o treinador foi por falsidade ideológica, já que tinha duas certidões de nascimento. A ação também foi extinta. Luxemburgo mudou seu nome de Wanderley para Vanderlei e alterou sua data de nascimento.
Ainda há um inquérito em curso por conta de dinheiro recebido pelo treinador da multinacional Nike. (RM)


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