São Paulo, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corinthians ganha tempo em empreitada por arena

Clube assinará termo de compromisso que veta apreciação de novos projetos

Diretoria promete análise financeira e jurídica mais profunda da proposta para construção do estádio de R$ 440 mi na marginal Tietê


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians oficializou ontem o interesse em estudar a proposta da construção de seu estádio feita pelo consórcio de empreiteiras Egesa/Seebla e levá-la à apreciação dos conselheiros do clube.
Para isso, a diretoria assinará um termo em que assume o interesse pelo projeto e se compromete a não receber ou analisar outras propostas até que o Conselho Deliberativo se pronuncie a respeito da oferta.
O Corinthians se dispõe a levar o projeto para análise mais aprofundada dos departamentos financeiro e jurídico.
O documento foi assinado pelo presidente corintiano, Andres Sanchez, e por representantes do consórcio. Além de ratificar o interesse corintiano, o termo de compromisso terá outra finalidade.
A Egesa/Seebla o usará para alargar o prazo de compra do terreno previsto para a construção do estádio, na marginal Tietê, próximo à ponte Tatuapé, sentido Penha-Lapa.
O consórcio exigia um comprometimento oficial do Corinthians antes de iniciar a compra da área de 93 mil m2, avaliada em cerca de R$ 80 milhões.
Representantes do consórcio haviam informado ao clube que, inicialmente, o prazo final para a compra do terreno seria o próximo domingo e esperavam que o clube se manifestasse sobre acordo para a construção da arena antes disso.
O documento servirá também para evitar que a assinatura do contrato de construção de um estádio fosse aprovada a toque de caixa, sem avaliações mais detalhadas.
Com isso, a reunião de ontem à noite do conselho, que poderia ser usada para aprovar de pronto a firma de um acordo com a Egesa/Seebla, serviu apenas para que os conselheiros tomassem conhecimento do conteúdo da proposta.
O vice-presidente Heleno Maluf aproveitou para fazer uma explanação ao órgão sobre o projeto de estádio.
O termo de compromisso, no entanto, não necessariamente obriga o Corinthians a firmar um contrato com a Egesa/Seebla. O documento não prevê multa rescisória caso o projeto seja rejeitado pelo conselho.
O prazo de validade do termo de exclusividade, aliás, é exatamente a reunião (ou as reuniões) do órgão que deverá ser convocada para discutir apenas esse assunto -ainda não há uma data definida para isso.
A assinatura do documento que tornará mais íntima a relação do consórcio Egesa/Seebla com o clube aconteceu um dia após a comissão encarregada de avaliar propostas de estádio ter se dissolvido. Anteontem, Eduardo Rocha Azevedo, Ibrahim Eris, Manoel Felix Cintra Neto e Ernesto Cordeiro Marujo tornaram pública uma carta em que diziam se desligar da comissão por entenderem não haver tempo suficiente para analisar de forma adequada o projeto do estádio. Dos integrantes da comissão, apenas Maluf não assinou a carta.
O consórcio Egesa/Seebla prevê a arena pronta em 24 meses. O custo da obra, segundo o projeto enviado ao Corinthians, será de R$ 440 milhões, bancados pelas empresas.
Em contrapartida, o consórcio vai explorar camarotes e cadeiras cativas. Além disso, poderá vender o nome do estádio.
As empresas ainda terão o direito, por sete anos, à comercialização de bebidas e alimentos dentro do estádio.
O projeto conta com o apoio do secretário municipal de Esporte, Walter Feldman.


Texto Anterior: Basquete: Franca fatura seu 11º título paulista
Próximo Texto: Felipe vira dúvida contra a Ponte Preta
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.