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Corinthians ganha tempo em empreitada por arena
Clube assinará termo de compromisso que veta apreciação de novos projetos
Diretoria promete análise financeira e jurídica mais profunda da proposta para
construção do estádio de
R$ 440 mi na marginal Tietê
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians oficializou ontem o interesse em estudar a
proposta da construção de seu
estádio feita pelo consórcio de
empreiteiras Egesa/Seebla e levá-la à apreciação dos conselheiros do clube.
Para isso, a diretoria assinará
um termo em que assume o interesse pelo projeto e se compromete a não receber ou analisar outras propostas até que o
Conselho Deliberativo se pronuncie a respeito da oferta.
O Corinthians se dispõe a levar o projeto para análise mais
aprofundada dos departamentos financeiro e jurídico.
O documento foi assinado
pelo presidente corintiano, Andres Sanchez, e por representantes do consórcio. Além de
ratificar o interesse corintiano,
o termo de compromisso terá
outra finalidade.
A Egesa/Seebla o usará para
alargar o prazo de compra do
terreno previsto para a construção do estádio, na marginal
Tietê, próximo à ponte Tatuapé, sentido Penha-Lapa.
O consórcio exigia um comprometimento oficial do Corinthians antes de iniciar a compra da área de 93 mil m2, avaliada em cerca de R$ 80 milhões.
Representantes do consórcio
haviam informado ao clube
que, inicialmente, o prazo final
para a compra do terreno seria
o próximo domingo e esperavam que o clube se manifestasse sobre acordo para a construção da arena antes disso.
O documento servirá também para evitar que a assinatura do contrato de construção
de um estádio fosse aprovada a
toque de caixa, sem avaliações
mais detalhadas.
Com isso, a reunião de ontem à noite do conselho, que
poderia ser usada para aprovar
de pronto a firma de um acordo
com a Egesa/Seebla, serviu
apenas para que os conselheiros tomassem conhecimento
do conteúdo da proposta.
O vice-presidente Heleno
Maluf aproveitou para fazer
uma explanação ao órgão sobre
o projeto de estádio.
O termo de compromisso, no
entanto, não necessariamente
obriga o Corinthians a firmar
um contrato com a Egesa/Seebla. O documento não prevê
multa rescisória caso o projeto
seja rejeitado pelo conselho.
O prazo de validade do termo
de exclusividade, aliás, é exatamente a reunião (ou as reuniões) do órgão que deverá ser
convocada para discutir apenas
esse assunto -ainda não há
uma data definida para isso.
A assinatura do documento
que tornará mais íntima a relação do consórcio Egesa/Seebla
com o clube aconteceu um dia
após a comissão encarregada
de avaliar propostas de estádio
ter se dissolvido. Anteontem,
Eduardo Rocha Azevedo, Ibrahim Eris, Manoel Felix Cintra
Neto e Ernesto Cordeiro Marujo tornaram pública uma
carta em que diziam se desligar
da comissão por entenderem
não haver tempo suficiente para analisar de forma adequada
o projeto do estádio. Dos integrantes da comissão, apenas
Maluf não assinou a carta.
O consórcio Egesa/Seebla
prevê a arena pronta em 24
meses. O custo da obra, segundo o projeto enviado ao Corinthians, será de R$ 440 milhões,
bancados pelas empresas.
Em contrapartida, o consórcio vai explorar camarotes e cadeiras cativas. Além disso, poderá vender o nome do estádio.
As empresas ainda terão o direito, por sete anos, à comercialização de bebidas e alimentos dentro do estádio.
O projeto conta com o apoio
do secretário municipal de Esporte, Walter Feldman.
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