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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
Simplicidade e estratégia
VER CLEITON Xavier
oferecendo seu oitavo
passe para gol do Palmeiras no ano é simples. Não
significa mais do que a lógica,
tanto quanto escalar um time
com dois meias, dois atacantes e dois volantes, como fez
Antônio Carlos na estreia.
Mas Antônio Carlos não fez
apenas o simples, como prometeu no dia de sua chegada.
Ele tirou Figueroa do campo e do banco, para onde levou Marquinhos, esquecido
antes mesmo de Muricy Ramalho chegar ao Palestra Itália. Marquinhos entrou no lugar de Lenny, deu o chute que
resultou no escanteio que, cobrado por ele, resultou no segundo gol de Robert.
Marquinhos é um daqueles
jogadores que a Traffic gostaria de ver atuando mais vezes
com a camisa do Palmeiras.
Aos boatos de que havia
pressão da parceira para escalar atletas que Muricy não
queria, o velho técnico respondia: "Eu digo que não quero jogador razoável. Para contratar alguém mais ou menos,
eu escalo quem tenho aqui".
Marquinhos não era jogador médio no Vitória. Era
uma revelação.
A escolha por ele, à parte a
política clube-parceira, é um
exemplo de que o novo treinador será capaz de tomar decisões de quem quer montar
um time com seu estilo.
Um pouco de Telê Santana,
como definiu na sexta-feira,
que também escalava, em sua
fase são-paulina, dois meias,
dois atacantes e dois volantes.
Telê tinha como premissa
premiar o talento. Em 1991,
ano de atuação exuberante do
zagueiro Antônio Carlos, Telê
liberava o lateral Leonardo
como armador e escalava Ronaldão com a camisa 5, na cabeça de área, como guarda-
-costas do talentoso lateral.
No Palmeiras de Vanderlei
Luxemburgo, outro de dois
meias e dois atacantes, o craque tinha destaque e o próprio Antônio Carlos funcionava, às vezes, como armador.
A outra referência do técnico é Fabio Capello: "Aquela
Roma campeã da Itália, em
que atuei, tinha caráter", ele
diz. Para Antônio Carlos, futebol é a simplicidade de Telê, a
estratégia de Luxemburgo, o
caráter de Capello. Por suas
referências, é injusto tratá-lo
como um paraquedista.
Sua passagem pelo Palmeiras tem grande chance de dar
certo. Além das razões citadas
acima, por outra, simples: os
reforços estão chegando.
O SISTEMA SIMPLES
Ricardo Gomes mudou o
time mais vezes do que se deve desejar para uma equipe
em formação. Saiu do 3-5-2,
usou duas linhas de quatro
na quarta e, no domingo, voltou aos três zagueiros, para
Renato Silva marcar Lenny.
Uma forma de montar o time
é variar. Mas o mais simples
é definir o jeito de jogar.
A ZEBRA É...
Preta e branca. E tem uma
barriga descomunal. Incrível
como Joel Santana fez de um
time modestíssimo o campeão da Taça Guanabara. Para ele, a receita é recuperar a
autoestima do time. Mas tem
a marcação. Leandro Guerreiro com Carlos Alberto, Fahel com Dodô, Wellington
com Philippe Coutinho...
A LISTA DE MANO
Há questões indefinidas, na lista do treinador Mano
Menezes, que serão resolvidas hoje. Se Escudero fará parte da relação de inscritos na Taça Libertadores da América, no entanto, é menos importante do que qual será o
meia de criação escalado ao lado de Tcheco, contra o Racing do Uruguai. Sem Danilo, é provável que Elias avance
para organizar a equipe no torneio. E que Jucilei seja o
segundo volante do time na quarta. Ele sempre vai bem.
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