São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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Brasil-2014 trabalha com modelo oposto

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para realizar a Copan de 2014, o COL (Comitê Organizador Local) tem organização oposta no Brasil em relação ao modelo da África do Sul. O princípio brasileiro é a exclusão do governo.
Na fundação do comitê de candidatura, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) criou uma associação sem a participação de políticos nem de técnicos do Ministério do Esporte. Essa fórmula foi mantida quando o órgão tornou-se o COL.
O objetivo é evitar interferência do governo nessa organização. A alegação dos organizadores é a de que o comitê será bancado só por dinheiro privado, com origem na Fifa e em rendas de licenciamento do Mundial.
O COL participa de decisões estratégicas sobre o Mundial. Com a Fifa, analisa as necessidades de estádios e infraestrutura e tem influência direta na escolha dos locais de partidas.
Essas decisões têm interferência no dinheiro a ser gasto na competição. No momento, a maioria da verba para infraestrutura e para os estádios sairá de cofres estaduais e federais.
O comitê, que funciona em uma sala alugada na Barra da Tijuca separada da CBF, tem um grupo pequeno de executivos, com o modelo de poder concentrado nas mãos do seu presidente, Ricardo Teixeira, que também dirige a confederação nacional. Ao seu lado, um pequeno grupo de cinco assessores, entre eles o advogado Francisco Mussnich e o economista Carlos Eduardo Langoni.
Após a Copa da África, quando a Fifa voltará os olhos para o Brasil, deve haver aumento de efetivo de pessoas no projeto.
Assim como no Brasil, na Copa da Alemanha, em 2006, os principais executivos do COL não eram ligados ao governo alemão.
A maioria trabalhou em eventos esportivos realizados no país antes, como a Olimpíada de Munique, em 1972, a Copa do Mundo de 1974 e a Eurocopa de 1988.
O presidente do comitê alemão, o ex-jogador Franz Beckenbauer, notabilizou-se também como dirigente esportivo presidindo o Bayer de Munique, clube que comanda até hoje.


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