DA REPORTAGEM LOCAL

Do Norte ao Sul do país, os clubes do interior peitam os das capitais nos campeonatos estaduais, o que era um fato praticamente inexistente até a década de 80.
Em Santa Catarina, já está certo que o título não vai ficar em Florianópolis. Avaí e Figueirense estão fora do páreo, e a taça de 2007 vai para Criciúma ou Chapecó.
Os outros dois Estados sulistas também têm um interior forte. O Grêmio reagiu e eliminou o Caxias, mas seu rival na decisão do Gaúcho sairá do duelo de hoje entre Juventude e Veranópolis.
O Paranavaí encara com força o trio dos grandes de Curitiba nas semifinais.
Nos três Estados mais importantes do Sudeste, o domingo é decisivo para a pretensão dos pequenos -Bragantino (contra Santos), Cabofriense (diante do Botafogo) e Tupi (o rival é o Cruzeiro) jogam suas chances de passarem à decisão.
No Nordeste, são vários os casos de sucesso do interior.
Em Alagoas, o Coruripe, empurrado pelo dinheiro farto dos royalties do petróleo, lidera a segunda fase e mostra poderio para conquistar o bicampeonato estadual -o grande CSA, de Maceió, já foi eliminado.
Na Bahia, a dupla Ba-Vi vai desafiar Atlético e Poções na fase final. Coisa parecida aconteceu nas semifinais do Ceará, que confrontam os grandes Ceará e Fortaleza com Icasa e Itapipoca.
Em Pernambuco, não houve espaço para zebra e interior: o Sport foi campeão até com antecedência.
Em Mato Grosso, todos os líderes das quatro chaves da segunda fase não eram de Cuiabá, sua capital.
A Ulbra, de Ji-Paraná, novamente está na frente do campeonato de Rondônia.
Até no Amazonas, onde os clubes do interior sofrem com o transporte precário, uma agremiação do interior levou a melhor no primeiro turno -o Fast Club, que, apesar de ter sido fundado em Manaus, manda seus jogos em Itacoatiara.0 (EO E PC)


Texto Anterior: Depois dos estaduais: Série C vira alvo para o resto da temporada
Próximo Texto: Juca Kfouri: Azulão assombra o Morumbi
Índice