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Parreira leva Joel Santana para dirigir África do Sul
Flamengo confirma que seu treinador assumirá a anfitriã da Copa de 2010
Ex-comandante da seleção brasileira, cuja saída foi anunciada ontem, indicou colega, que fica no Rio até disputar a final do Estadual
DA REPORTAGEM LOCAL
Razões pessoais levaram o
técnico Carlos Alberto Parreira
a deixar a África do Sul. Razões
financeiras e profissionais levaram o técnico Joel Santana a
substituí-lo no cargo, abandonando o Flamengo.
Foi o que revelaram dois
anúncios na tarde de ontem, da
associação de futebol do país
africano, anfitriã da Copa de
2010, e do clube carioca.
"A nossa vida é de cigano, as
coisas acontecem da noite para
o dia. Fiz questão de passar logo
para a direção do clube. Não
sou criança e não sei se teria
uma proposta igual a essa, irrecusável. Já passei aos jogadores", disse Joel, que comunicou
sua saída ontem aos atletas do
Flamengo na Granja Comary.
Seu contrato inclui o Mundial-2010, quando ele dirigirá o
selecionado da África do Sul.
"Foi uma proposta financeira irrecusável [da África do Sul
para Joel]. O Parreira nos comunicou ainda no domingo",
contou o vice-presidente do
Flamengo, Kléber Leite. "Vamos ver o que fazer agora."
A frase mostra que a transferência do técnico para a seleção
africana teve o dedo do seu antecessor. Parreira, que dirigiu o
Brasil na Copa-06, fez uma lista
de indicados para os dirigentes
africanos. A escolha recaiu sobre Joel, que ganhará salário
tão vantajoso quanto o do antecessor. Tinha causado polêmica na África do Sul a informação de que Parreira recebia US$
250 mil (R$ 420 mil) mensais.
Esta é a quinta passagem de
Joel pelo Flamengo, onde ganhou um Estadual e ficou famoso por livrar o time de dois
rebaixamentos no Brasileiro.
Ele segue no comando da equipe até a segunda partida final
do Estadual, no dia 4 de maio.
Em seguida, vai à África.
O anúncio ocorreu no mesmo dia em que os dirigentes
africanos confirmaram a saída
de Parreira. Raymond Hack, diretor-executivo da federação
sul-africana, exibiu à imprensa
uma carta do treinador brasileiro em que ele diz que seu último dia de trabalho à frente da
seleção será no dia 2 de maio.
""Minha família e minha esposa precisam de mim. Depois
de 36 anos de casamento, não
podia dizer não", disse Parreira
na carta. Leila Parreira, mulher
do técnico e que tem enfrentado problemas de saúde, havia
confirmado a saída dele à Folha. ""Não é bom romper um
contrato quando tudo estava
indo tão bem", ressaltou Parreira, que obteve nove vitórias,
seis empates e seis derrotas.
Do Brasil, Parreira ajudará
como consultor técnico. ""Se
nós nos mantivermos no mesmo caminho, estou certo de
que o time terá capacidade de
render bem na Copa."
Colaborou a Sucursal do Rio
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